A série “24 Horas” pode ganhar um novo spin-off protagonizado por uma mulher. Segundo o site Deadline, o projeto, ainda em desenvolvimento pela Fox, recriaria a ideia da “luta contra o relógio” a cada episódio. Entretanto, a personagem principal lutará para desmascarar uma conspiração, em vez de combater uma organização terrorista.
A abordagem está sendo escrita por Jeremy Doner (produtor-roteirista de “The Killing”) em parceria com Howard Gordon, produtor da série original. Os detalhes oficiais são escassos, mas o Deadline descreve a trama como sendo focada numa promotora que descobre uma conspiração jurídica, e tem que correr contra o tempo para salvar um condenado à morte que enfrenta execução iminente, justamente alguém que ela ajudou a processar, mas pode ser inocente.
A ideia é que a história faça parte de um projeto de antologia, que a cada temporada abordaria uma história nova, com personagens diferentes, ligados apenas pelo formato do tempo real e a corrida contra o relógio.
O projeto de uma antologia já tinha sido mencionado pelos executivos da Fox em junho, quando anunciaram o cancelamento do spin-off “24: Legacy”, após apenas uma temporada.
Mas há quem defenda uma abordagem diferente. Afinal, “24: Live Another Day”, estrelada por Keifer Sutherland como o agente Jack Bauer, foi um enorme sucesso. O problema é que a audiência não se repetiu com a série derivada, mesmo com grande investimento da emissora, terminando com apenas 3,4 milhões de telespectadores ao vivo em seu último episódio. E a culpa disso seria a falta de personagens conhecidos, já que o spin-off apresentou um elenco muito diferente do que o público estava acostumado.
Infelizmente, resgatar Bauer não é uma opção viável no momento, já que Keifer Sutherland está comprometido com outra série (“Designated Survivor”) em outro canal. Mas um projeto de protagonista feminina poderia mostrar aventuras da filha de Jack, Kim Bauer (vivida por Elisha Cuthbert), vista pela última vez há sete anos, na 8ª e última temporada de “24 Horas”, Chloe O’Brian (a expert em computação vivida por Mary Lynn Rajskub), que é a segunda personagem mais importante da franquia, ou até mesmo Kate Morgan (Yvonne Strahovski, que está em alta graças à série vencedora do Emmy, “The Handmaid’s Tale”), a agente da CIA que se destacou na minissérie recente “24: Live Another Day”.
Saudada como revolucionária, tanto por sua narrativa em tempo real quanto por capturar o zeitgeist do começo do século, chegando às telas seis meses após a queda das Torres Gêmeas, “24 Horas” acabou ficando datada, após “Homeland” redefinir as séries de combate ao terrorismo. Mas, curiosamente, as duas séries tem um produtor em comum, Howard Gordon. E a Fox está contando com a ajuda dele para repaginar a franquia.