As duas únicas séries novas da temporada na rede CW não tiveram um começo promissor. O suspense militar “Valor” e o remake da novelesca “Dynasty” tiveram as piores audiências da programação inteira do canal entre as noites de segunda (9/10) e quinta (11/10) passadas.
“Valor” teve o pior desempenho, assistida por 1,1 milhão de telespectadores ao vivo e registrando 0,3 pontos na demo (a faixa etária de 18-49 anos). O fato de ser a terceira série militar lançada na TV aberta dos Estados Unidos nesta temporada (após “The Brave” e “SEAL Team”) pode ter contribuído para o desinteresse do público. Mas desde a encomenda da atração comenta-se que ela destoa demais do perfil do canal. Os dados de audiência confirmam que não houve sintonia.
“Dynasty” foi ligeiramente melhor, vista por 1,3 milhão e com 0,4 pontos na demo. Mas a audiência foi inferior à obtida por outras iniciativas do gênero no canal. O remake de “Melrose Place”, por exemplo, iniciou com 2,3 milhões de telespectadores e 1,3 pontos em 2009, mas ao final da 1ª temporada já estava sofrendo com 900 mil e os mesmo 0,4 pontos na demo. Foi cancelada.
Outra comparação preocupante envolve os números das duas séries canceladas na temporada passada pelo canal. “Frequency” e “No Tomorrow” tiveram mais público em suas estreias, com de 1,4 milhões e 0,4 pontos, e 1,5 milhões e 0,5, respectivamente. Acabaram caindo para baixo dos 700 mil ao vivo.
Para piorar, ambas as séries foram destruídas pela crítica. “Valor” teve apenas 31% de aprovação no Rotten Tomatoes, com avaliação negativa para sua mistura de melodrama e ação militar, enquanto “Dynasty” ficou com 48% e considerada uma imitação pálida em relação à “Dinastia” original dos anos 1980.
A série militar foi criada pelo roteirista e músico Kyle Jarrow (da banda Sky-Pony) e repercute as consequências de uma missão de resgate em território inimigo que dá errada. Enquanto os dois sobreviventes mantém segredo sobre o que realmente aconteceu, surge a notícia de que os soldados desaparecidos de sua unidade foram capturados por terroristas. Para salvá-los, será necessário uma nova missão, mas além de enfrentar os inimigos, os protagonistas também precisam contornar segredos cada vez mais perigosos. O elenco destaca Christina Ochoa (estrela da série “Blood Drive”) e Matt Barr (série “Sleepy Hollow”).
Já o novelão foi desenvolvido por Josh Schwartz e Stephanie Savage, que têm experiência em retratar a vida de milionários mimados, como criadores de “Gossip Girl”. Neste projeto, eles estão trabalhando com Sallie Patrick, que escrevia outra série novelesca de ricos malvados, “Revenge”.
Exibida entre 1981 e 1989, a atração original acompanhou a rivalidade entre duas das famílias mais ricas da América, os Carringtons e os Colbys. O remake, porém, concentra-se apenas nos Carringtons e introduz os Flores, acrescentando latinidade na revisão.
Na série original, Cristal Flores era branca, chamava-se Krystle e era vivida pela loira Linda Evans. Agora, tem as curvas da peruana Nathalie Kelley (a vilã Sybil da última temporada de “The Vampire Diaries”), que surge na trama noiva do milionário Blake Carrington. A opção por transformar a madrasta em latina também ressalta os paralelos com as novelas mexicanas de ricaços que a trama evoca.
Na nova versão, o patriarca eternizado pelo grisalho John Forsythe é vivido pelo ainda galã Grant Show (série “Devious Maids”), enquanto seus filhos, Fallon e Steven, tem interpretação de Elizabeth Gillies (série “Sex&Drugs&Rock&Roll”) e James Mackay (“A Vingança Está na Moda”), respectivamente.