A Netflix adquiriu os direitos de produção e distribuição da próxima série de Ryan Murphy, que será protagonizada por ninguém menos que a musa do produtor, Sarah Paulson (série “American Horror Story”). Intitulada “Ratched”, a atração será um prólogo do filme clássico “Um Estranho no Ninho” (One Flew Over the Cuckoo’s Nest, 1975), centrado na enfermeira Mildred Ratched.
O projeto gerou grande disputa entre canais e plataformas de streaming. Por isso, para garantir a produção, a Netflix precisou contratar duas temporadas iniciais.
O ator Michael Douglas, que foi um dos produtores originais de “Um Estranho no Ninho”, será um dos produtores executivos da série ao lado de Murphy.
Mas a criação do projeto partiu de um roteirista inexperiente, Evan Romansky, que escreveu o roteiro do piloto e ofereceu no mercado. O texto acabou caindo nas mãos de Murphy, que organizou um “pacote de talentos” e foi ao mercado, gerando um frenesi entre os interessados.
A história da série vai se iniciar em 1947, acompanhando a jornada que transformou uma enfermeira inocente num “verdadeiro monstro”, conforme visto no filme de 1975. A trama vai revelar a progressão de seus assassinatos, cometidos impunemente no sistema público de saúde mental.
No cinema, a enfermeira Ratched foi vivida por Louise Fletcher, que venceu o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante pelo papel. “Um Estranho no Ninho” também venceu os Oscars de Melhor Filme, Direção (Milos Forman), Ator (Jack Nicholson) e Roteiro Adaptado (Lawrence Hauben e Bo Goldman). E, apesar de ter estreado há 42 anos, continua a ser lembrado até hoje e a influenciar a cultura pop, como prova a música “Nurse Ratched”, da banda indie Cherry Glazerr, single de um disco lançado em janeiro.
“Hatched” será a primeira série produzida por Ryan Murphy para uma plataforma de streaming. E reforça a propensão da Netflix para atrair os principais produtores da TV atual. Recentemente, a empresa fechou um contrato com Shonda Rhimes (criadora de “Grey’s Anatomy” e “Scandal”) e lançou uma série de Chuck Lorre (criador de “Two and a Half Men” e “The Big Bang Theory”). O detalhe é que a produção de Lorre, “Disjointed” foi considerada a pior série de 2017.