O estúdio Warner Bros. divulgou uma atualização da ficha técnica do filme da “Liga da Justiça”, que confirma rumores sobre os conflitos de autoria da produção.
Como os fãs sabem, Joss Whedon assumiu a finalização das filmagens, após o diretor Zack Snyder se afastar da produção em decorrência do trágico suicídio de sua filha. Mas o trabalho foi muito mais extenso que o divulgado, com alterações significativas no roteiro, inclusão de cenas inéditas e refilmagens, além do acompanhamento da pós-produção, inclusive edição final.
Apesar de toda essa trabalheira, Whedon não deverá receber créditos pela direção de “Liga da Justiça”. O motivo se deve tanto a uma preocupação em preservar Snyder quanto às regras do Sindicato dos Diretores dos Estados Unidos, que buscam evitar justamente substituições no comando dos filmes.
Em compensação, ele está sendo creditado como co-roteirista – além de receber um salário polpudo, é claro.
Há precedentes. Tony Gilroy foi creditado como roteirista de “Rogue One: Uma História Star Wars”, após fazer exatamente o que Whedon está fazendo – só que, em seu caso, em suposto sigilo.
Joss Whedon vai dividir os créditos de roteiro com Chris Terrio, o roteirista original.
Fontes da Variety já tinham revelado que ele tinha reescrito o filme inteiro, do começo ao fim, ajustando o material anteriormente filmado. O estúdio teria gostado tanto de seu texto que topou estender as filmagens e estourar o orçamento. O cineasta é realmente reconhecido por escrever diálogos memoráveis, e teria criando várias passagens ao longo de todo o filme, para encaixar entre as cenas de ação filmadas por Snyder.
Mesmo assim, a vontade de desconversar é maior do que admitir que houve uma intervenção. Durante a Comic-Con, o elenco fez de tudo para minimizar a extensão do trabalho. “São filmagens pequenas”, disse Ray Fisher, que interpreta Ciborgue, antes de acrescentar: “Zack escolheu um grande diretor para ajudar a aprimorar o filme para nós”.
“Liga da Justiça” estreia em 16 de novembro no Brasil.