Após a exibição do episódio mais implausível de “Game of Thrones”, o longo e gélido “Beyond the Wall”, o diretor Alan Taylor, um veterano da série, tentou justificar alguns dos supostos erros em entrevista a revista Variety.
“Estávamos conscientes de que o tempo da ação ficou um pouco nebuloso”, disse Taylor. “Nós conseguimos mostrar a fuga de Gendry, corvos voando certa distância, os dragões voando certa distância. Em termos de experiência emocional, (Jon e companhia) meio que passaram uma noite ilhados. Nós tentamos simular essa ideia colocando um crepúsculo bem ao norte da Muralha”, justificou ele, mencionando a passagem do tempo na cena em que Jon e seu grupo ficaram encurralados por Caminhantes Brancos ao norte da Muralha. “Não revelar exatamente quanto tempo se passou foi a forma que encontramos para dar continuidade à linha do tempo”, completou.
A explicação, no entanto, não funcionou para todos, como atestou o próprio diretor. “Teve gente que realmente não percebeu. Muitos fãs estavam mais preocupados em descobrir como um corvo consegue voar tão rápido a perceber sutilezas na história”, retruca. “Existe uma coisa chamada ‘impossibilidade plausível’, algo que você tenta alcançar. É diferente de pedir que o espectador aceite uma ‘possibilidade impossível’. São coisas distintas”.
Apesar das explicações, os elementos desajustados não se restringiram apenas ao tempo – a velocidade de Gendry, corvos e dragões – , mas também ao fato de Daenerys, que nunca utilizou todos seus dragões em uma batalha, voar com os três para um local que ela jamais havia ido, correntes que surgem no nada para içar um dragão abatido e mortos-vivos que, após evitarem a água no cerco a Jon Snow, teriam mergulhado para levar as tais correntes ao dragão, sem falar no evento deus ex machina, a chegada súbita e milagrosa de Benji Stark.
A 7ª temporada de “Game of Thrones” se encerra no domingo (27/8), com a exibição no canal pago HBO.