O projeto de adaptação americana do cultuado anime “Cowboy Bebop” voltou à tona, com a contratação do roteirista Christopher Yost (do vindouro “Thor: Ragnarok”) para desenvolver a história. Há tempos cogitado como uma franquia cinematográfica, a produção será uma série com atores reais.
“Cowboy Bebop” inspirou um verdadeiro culto desde que estreou no Japão em 1998. Em 26 episódios, o desenho acompanhava um grupo de caçadores de recompensa que viaja na espaçonave Bebop, em 2071, atrás de criminosos perigosos. Após o fim da série, os personagens ainda apareceram num longa de animação, “Cowboy Bebop: Tengoku no Tobira”, em 2001.
A versão americana está em desenvolvimento há uma década, quando os direitos da adaptação foram adquiridos pela Fox. Mas a primeira versão do roteiro assustou o estúdio. Em 2009, Keanu Reeves, que iria estrelar o longa como o icônico Spike Spiegel, contou que a Fox suspendeu a produção pelo orçamento beirar os US$ 500 milhões.
A nova encarnação está em desenvolvimento num estúdio televisivo, o Tomorrow Studios, responsável pelas séries “Aquarius” e “Good Behavior”, numa parceria com o estúdio japonês Sunrise, proprietário da franquia, e a produtora Midnight Radio, de Josh Appelbaum, Andre Nemec, Jeff Pinkner e Scott Rosenberg, criadores da série “Zoo”.
“Estamos empolgados em trabalhar com o Sunrise para trazer esse amado anime aos EUA e ao mercado global como uma série de atores reais”, disse Marty Adelstein, proprietário do Tomorrow Studios, em comunicado. “A versão animada há muito ressoou com o público em todo o mundo, e com a manutenção da popularidade do anime, acreditamos que uma versão live action terá um impacto incrível hoje”, completou.
A expectativa é que o roteiro do piloto seja finalizado antes de ser oferecido para canais e serviços de streaming.
Vale observar que o roteirista Christopher Yost começou sua carreira escrevendo animações. Foi ele quem criou X-23, a personagem que se destacou no filme “Logan” (2017). Mas depois foi responsável pelo pior filme da Marvel, “Thor: O Mundo Sombrio” (2013), e pela adaptação trash de “Max Steel” (2016).