O diretor responsável pela invenção dos filmes de zumbis modernos, George A. Romero, está em busca de financiamento para voltar a filmar outro longa do gênero.
Foi Romero quem concebeu a ideia de uma apocalipse zumbi, no distante ano de 1968, com seu primeiro longa-metragem: “A Noite dos Mortos-Vivos”. Até então, zumbis eram personagens de filmes sobre vudu, relacionados à sacerdotes sobrenaturais do Haiti – como Bela Lugosi em “Zumbi, A Legião dos Mortos” (1932). Romero tirou os elementos mágicos da história, trocando-os por ficção científica. Uma contaminação e não um ritual mágico transformava as pessoas em seu clássico.
Mas a contaminação causada por suas criaturas foi maior que o esperado, infectando o cinema – e hoje em dia a TV – com sua popularidade, a ponto de originar um verdadeiro subgênero, com centenas de filmes de zumbis. O próprio Romero estabeleceu as bases da evolução dos zumbis com mais dois filmes, o igualmente clássico “Despertar dos Mortos” (1978), passado num shopping center, e “Dia dos Mortos” (1985), num bunker militar.
Depois da trilogia inicial, ele voltou aos zumbis apenas no século 21, com mais três filmes: “Terra dos Mortos” (2005), “Diário dos Mortos” (2007) e “A Ilha dos Mortos” (2009).
Seu novo projeto se chama “Road of the Dead” (estrada dos mortos). Mas, com 77 anos, o lendário mestre do terror não vai dirigir o longa, apenas produzi-lo. A direção ficará a cargo de Matt Birman, que foi diretor assistente da segunda trilogia dos Mortos.
Assim como “A Ilha dos Mortos”, a trama vai se passar numa ilha. Lá, zumbis participam de corridas de carros malucas, numa combinação de autódromo e Coliseu moderno, para a diversão de humanos ricos. Romero e Birman roteirizaram o longa, que busca investidores para sair do papel e lançá-lo em 2018, quando “A Noite dos Mortos-Vivos” estará completando 50 anos.