Guilherme Weber publica foto de beijo em Wagner Moura em protesto contra homofobia

O ator Guilherme Weber (série “Lúcia McCartney”) usou seu Instagram para postar a foto de um beijo no colega Wagner Moura (série “Narcos”), na época em que atuavam na peça “Os Solitários”. […]

O ator Guilherme Weber (série “Lúcia McCartney”) usou seu Instagram para postar a foto de um beijo no colega Wagner Moura (série “Narcos”), na época em que atuavam na peça “Os Solitários”. A imagem foi incluída na madrugada de sexta-feira (5/5) como protesto contra a homofobia na Rússia.

“#kiss4lgbtqrights. É um protesto contra os crimes que a Rússia vem praticando contra a comunidade lgbtq. Se quiser se manifestar, postar a foto de um beijo com essa hashtag, marque na localização ‘Kremelin'”, escreveu Weber, com essa grafia, gramática e geografia.

A manifestação de Weber se une a esforços mundiais contra a denúncia que surgiu, nas últimas semanas, de prisões secretas, consideradas “campos de concentração para homossexuais”, na Chechênia, parte da Federação da Rússia. Nestes locais, homossexuais – ou aqueles vistos como homossexuais – são torturados e desaparecem.

O jornal de oposição russo Novaya Gazeta publicou que mais de 100 homens gays foram presos em uma campanha das autoridades locais. Não há notícias sobre alguns deles e não se sabe se estão escondidos, presos ou mortos.

Segundo a agência francesa France 24, pais estão sendo instruídos pela polícia local a matarem seus filhos gays sob a ordem de que precisam “limpar o seu sangue com a honra”. A ameaça das autoridades é de que se os familiares não o fizerem, a polícia irá matá-los. A informação foi confirmada por uma vítima de perseguição que precisou deixar a sua cidade de origem e ir para Moscou para sobreviver aos próprios familiares.

O governo da Chechênia nega que existam os tais campos de concentração, mas a declaração oficial é de uma intolerância tão grave que respalda as denúncias, em tom que beira a promessa de genocídio. “Não se pode deter ou perseguir quem simplesmente não existe na república. Se tivesse gente assim na Chechênia, os órgãos de segurança não teriam que se preocupar com eles, já que seus familiares os enviariam a um lugar de onde nunca pudessem retornar”, disse o porta-voz do governo, Alvi Karimov.