Neuza Amaral (1930 – 2017)

Morreu a atriz Neuza Amaral, com mais de 60 anos de carreira em novelas, séries, filmes e peças de teatro. Segundo parentes, a atriz sofreu uma embolia pulmonar e faleceu nesta quarta […]

Morreu a atriz Neuza Amaral, com mais de 60 anos de carreira em novelas, séries, filmes e peças de teatro. Segundo parentes, a atriz sofreu uma embolia pulmonar e faleceu nesta quarta (19/4) no Hospital São Vicente de Paula, no Rio, aos 86 anos.

Neuza nasceu no interior de São Paulo e começou a atuar na década de 1950, trabalhando na recém-inaugurada TV Tupi e na Excelsior, onde participou da telenovela diária da televisão, “2-5499 Ocupado”, em 1963 (ao lado de Tarcísio Meira, Glória Menezes e Lolita Rodrigues). Mas foi na Globo, no Rio de Janeiro, que construiu sua trajetória de sucesso.

Seu primeiro papel na emissora carioca foi na novela “A Sombra de Rebecca” (1967), na qual interpretou o papel-título. Mas acabou chamando mais atenção na novela seguinte como principal antagonista da mocinha (Myriam Pérsia), vivendo a primeira grande vilã da TV brasileira, Veridiana Albuquerque Medeiros, em “A Grande Mentira” (1968).

Ela esteve em algumas das principais novelas das décadas de 1970 e 1980, como “Selva de Pedra” (1972), “Os Ossos do Barão” (1973), “Fogo Sobre Terra” (1974), “O Casarão” (1976), “Estúpido Cupido” (1976), “O Pulo do Gato” (1978), “Pecado Rasgado” (1978), “Cabocla” (1979), “Plumas e Paetês” (1980), “Ciranda de Pedra” (1981), “Paraíso” (1982), “Elas por Elas” (1983), “Sinhá Moça” (1986) e “Brega & Chique” (1987).

Ficou tão famosa que até participou como ela mesmo de alguns capítulos de “A Gata Comeu” (1985). Mas a partir de “A Rainha da Sucata” (1990), fez apenas pequenas participações, tendo apenas mais um papel fixo em “Pé na Jaca” (2007).

O afastamento das novelas coincidiu com sua entrada na política. Neuza Amaral chegou a ser vereadora do Rio de Janeiro na década de 1990, o que acabou afastando-a dos trabalhos na TV. Ela também trabalhou para a prefeitura da cidade Araruama, na Região dos Lagos, onde morou.

A atriz também teve uma filmografia expressiva, com mais de 20 filmes, desde a estreia em “A Lei do Cão” (1967), de Jesse Valadão, até “O que É Isso, Companheiro?” (1997), de Bruno Barreto.