Veja o trailer de Joaquim, cinebiografia de Tiradentes exibida no Festival de Berlim

A Imovision divulgou o trailer de “Joaquim”, cinebiografia de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, dirigida pelo cineasta Marcelo Gomes (“Era uma Vez Eu, Veronica”). O filme foi exibido na mostra […]

A Imovision divulgou o trailer de “Joaquim”, cinebiografia de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, dirigida pelo cineasta Marcelo Gomes (“Era uma Vez Eu, Veronica”). O filme foi exibido na mostra competitiva do Festival de Berlim 2017, ocasião em que recebeu críticas positivas de publicações internacionais. Alguns elogios foram pinçados e exibidos no trailer.

A história de Tiradentes já rendeu vários filmes, entre eles o marcante “Os Inconfidentes” (1972), dirigido por José Pedro de Andrade e com José Wilker no papel principal, e até em novelas, interpretado por Carlos Zara em “Dez Vidas” (1969) e por Thiago Lacerda na recente “Liberdade, Liberdade” (2016).

O filme de Marcelo Gomes tem como diferencial se passar antes da história tradicional do revolucionário que enfrentou a coroa portuguesa, situando a ação durante uma expedição do alferes, em busca de minerais preciosos no interior de Minas Gerais. Conforme revela o trailer, as conversas ao redor da fogueira e a convivência com escravos teriam ajudado a formar sua consciência política do jovem Tiradentes, vivido por Julio Machado (“Trago Comigo”).

“Joaquim” surgiu inicialmente como parte de um projeto de coproduções da Televisão Espanhola (TVE), realizado em homenagem ao bicentenário das revoluções sul-americanas. Além do filme de Tiradentes, representando o Brasil, fizeram parte do plano original “José Marti: O Olho do Canário” (2010), do cubano Fernando Pérez (“Últimos Dias em Havana”), “Hidalgo – A História Jamais Contada” (2010), do mexicano Antonio Serrano (“Macho”), “Revolução: A Cruzada de San Martin” (2011), do argentino Leandro Ipiña (série “Exodo”), “Artigas – La Redota” (2011), do uruguaio César Charlone (série “3%”), e “Libertador” (2013), uma cinebiografia de Simon Bolivar feita pelo venezuelano Alberto Arvelo (“Habana, Havana”).

O atraso na produção do representante brasileiro se deveu à crise financeira europeia, que fez com que “Joaquim” precisasse ser filmado com recursos próprios – pelo mesmo motivo, outros filmes do projeto jamais saíram do papel, como a produção chilena sobre Bernardo O’Higgins e a peruana a respeito de Tupac Amaru, por exemplo.