A Ancine (Agência Nacional do Cinema) lançou nesta semana uma nova campanha publicitária de incentivo ao consumo de conteúdos audiovisuais brasileiros. Com o conceito “O audiovisual brasileiro é o Brasil assistindo ao Brasil”, a campanha, criada pela agência DM9DDB, mostra uma convivência pacífica entre “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho, e “Pequeno Segredo”, de David Schurmann, e traz narração do ator Wagner Moura.
Imagens de ambos os filmes, que ilustraram uma polarização política no país em 2016, aparecem no comercial, junto com cenas de outras produções de cinema e TV, ilustrando a variedade de opções disponíveis para o público. Escolhido pelo Ministério da Cultura para representar o país em busca de uma indicação ao Oscar, “Pequeno Segredo” aparece primeiro, mas Kleber Mendonça Filho, apesar de protestar contra o “governo ilegítimo”, também teve sua obra bem destacada no vídeo.
O lançamento da campanha valoriza os 15 anos de conquistas da Ancine e as peças publicitárias levam o selo comemorativo da data. Criada em 2001 pelo governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, como um órgão gestor da atividade cinematográfica, em substituição à Embrafilme, extinta em 1990 pelo governo de Fernando Collor de Mello, a Ancine ampliou sua atividade para a TV e ajudou o Brasil a alavancar a produção audiovisual, resultando num crescimento extraordinário na quantidade de filmes e séries produzidas no país.
Como o comercial lembra, em 2002 apenas 29 títulos brasileiros foram lançados nas salas de cinema. Em 2016, registrou-se recorde de 143 lançamentos. O número de espectadores também cresceu. Os filmes nacionais atraíram, em 2002, 7 milhões de espectadores. Já em 2016, 30,4 milhões de pessoas assistiram às produções nacionais nos cinemas.
Todas as peças publicitárias terminam com um convite ao espectador: “Assista. Recomende. Dá orgulho de ver.”
A campanha ainda terá uma segunda fase, que prevê a veiculação de um curta documentário, com depoimentos de importantes pessoas do mercado audiovisual, como o animador Alê Abreu, o diretor Cacá Diegues, o ator Caio Blat e a atriz Mariana Ximenes.