Sofia Vergara é processada pelos próprios embriões pelo direito de nascerem

A atriz Sofia Vergara (série “Modern Family”) está sendo processada por seus próprios embriões congelados. A história, que de tão bizarra parece um episódio da série sci-fi “Black Mirror”, é incrivelmente real […]

A atriz Sofia Vergara (série “Modern Family”) está sendo processada por seus próprios embriões congelados. A história, que de tão bizarra parece um episódio da série sci-fi “Black Mirror”, é incrivelmente real e pode ter consequências inesperadas sobre as leis de aborto nos EUA.

O jornal americano New York Post obteve documentos do processo, em que Emma e Isabella, nomes dados a dois embriões congelados pela atriz, que ela mesmo concebeu com o ex-parceiro Nick Loeb, vão a justiça pelo direito de nascerem.

Vergara, de 44 anos, e Loeb, um empresário de 41 anos, criaram os embriões em 2013 por meio de uma fertilização in vitro em uma clínica da Califórnia. Um contrato firmado na época prevê que nenhum dos parceiros poderia fazer nada com os embriões sem o consentimento do outro.

Por isso, a ação tenta obrigar a atriz a permitir que eles sejam implantados na barriga de outra mulher. A equipe jurídica de Loeb argumenta que tanto Vergara quanto o ex-marido fizeram a fertilização com o entendimento de que os embriões pudessem nascer.

Mas o casal se separou um ano depois e, desde então, Loeb tenta processá-la, sem sucesso, para ter a custódia dos embriões. A mais nova ação argumenta que os embriões estão sendo privados da herança de um fundo criado para eles pelo fato de não terem nascido.

Esse fundo foi criado para os embriões em Louisiana, embora eles estejam armazenados na Califórnia. Isso porque o Estado é considerado “pró-vida”, e sob a sua lei um ovo fertilizado é visto como uma “pessoa jurídica”.

O processo cita um administrador para o fundo, mas não o próprio Loeb, e pede que os embriões sejam transferidos a ele para que possam nascer e receber sua herança.

Sim, se trata de dinheiro. A atriz não teria motivo para descongelar embriões concebidos com um ex-namorado, quando está atualmente casada com outra pessoa, o ator Joe Manganiello (“Magic Mike”), e já possui um filho de um casamento anterior.

Entretanto, o caso volta a levantar nos EUA o debate sobre quando um óvulo fertilizado deve ser considerado um ser humano.

No Estado de Ohio, legisladores republicanos aprovaram um projeto de lei que prevê a proibição de abortos nesses casos de fertilização, uma vez que um batimento cardíaco já foi detectado em um embrião.

A medida, que ainda não foi assinada e transformada em lei pelo governador John Kasich, pode significar a proibição de abortos após seis semanas de gestação. Seria uma das leis sobre aborto mais rigorosas a serem aprovadas nos EUA.