Um desastre desta magnitude merece ser exaltado. Diante dos números das bilheterias do fim de semana na América do Norte (EUA e Canadá), a estreia da fantasia infantil “Max Steel” foi um dos maiores vexames do ano.
A adaptação do brinquedo e da série animada nem entrou no Top 10. Faturando só US$ 2,1 milhões em 2.034 salas de cinema, o filme ficou em 11º lugar.
Mas ainda mais impressionante foi seu desempenho diante da crítica. Unanimidade completa, com 0% de aprovação no site Rotten Tomatoes.
Algumas frases pinçadas das críticas explicam a implosão: “Banalidade sem fim” (The Wrap), “O mais deprimente é que atores como Maria Bello e Andy Garcia foram arrastados para isso” (The Hollywood Reporter), “Primeiro filme de uma franquia que nunca, jamais terá continuação” (Variety), “Parece um piloto rejeitado de série de TV” (Los Angeles Times), etc.
Vale observar que a adaptação de “Max Steel” está pronta desde 2014, quando as primeiras fotos foram divulgadas, e ficou guardada por dois anos. Produzido em parceria com a Mattel, empresa que lançou o personagem como “action figure” (boneca de meninos) em 1999, o filme abandona o conceito original do herói, como esportista radical que vira agente secreto, em parte porque já existe a franquia “Triplo X”, mas principalmente para evocar sua versão mais recente, desenvolvido numa série animada de 2013.
A premissa é a mesma da versão do novo desenho do canal Disney XD, acompanhando o adolescente Maxwell (Ben Winchell, da série “Finding Carter”) e seu companheiro alienígena robótico Steel, que combinam poderes turbo-energia para gerar o super-herói Max Steel.
A direção está a cargo de Stewart Hendler (“Pacto Secreto”) e o roteiro é assinado por Christopher Yost (“Thor: O Mundo Sombrio”).
Como o filme só tem estreia marcada para janeiro no Brasil, dá tempo para a distribuidora repensar sua estratégica e lançar logo o DVD – nem Blu-ray parece merecer.