As máscaras de Fofão e outros personagens de Orival Pessini foram destruídas, seguindo orientação póstuma do próprio ator e humorista, que morreu no último dia 14.
De acordo com Álvaro Gomes, empresário de Pessini, ele tinha uma preocupação com o uso que poderia ser destinado aos materiais. “Era uma preocupação de mau uso, de que alguém pegasse e fizesse mau uso deles. Ele dizia ‘o Fofão vivo só existe um, sou eu’. Era um desejo, e a gente obedeceu”, contou Gomes ao UOL nesta segunda-feira (24/10).
Na semana passada, as máscaras e as perucas dos personagens foram cortadas e incineradas, e os moldes para fazê-las, quebrados. Foram guardadas, porém, duas fantasias do Fofão, sendo uma delas a que foi usada no início do programa infantil “Balão Mágico”, nos anos 1980.
Apesar de não terem mais as máscaras, a família e o empresário pretendem manter vivo o legado de Pessini com uma animação do Fofão. A ideia, segundo Gomes, é antiga, mas ficou parada devido ao atual cenário da economia brasileira: “Nós já pensamos nisso há bastante tempo, mas na situação que atravessamos, não há vontade de investimento”.
A ideia é que o projeto seja retomado em breve.
Orival Pessini já havia manifestado a preocupação com a imagem de Fofão no início do ano, quando a Carreta Furacão decidiu ir a uma manifestação em favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff e o criador proibiu o Fofão genérico de participar do protesto.
“Eu não autorizo, é um direito meu. Eu faço questão de proteger meus personagens. O Fofão, por exemplo, gera empregos. As crianças conhecem pela internet e gostam. Os adultos se emocionam quando o encontram. Quero preservar essa imagem”, explicou na época.