Após passagem por Belo Horizonte, onde foi originalmente concebido há 16 anos, a mostra Indie 2016 finalmente chega a São Paulo para apresentar aos cinéfilos um recorte singular da produção independente e alternativa mundial, que não se vê no circuito comercial ou mesmo no mercado de home video. Com duração de uma semana, a nova edição precisou se compactar, mas a qualidade da seleção resiste.
A programação é dividida em três mostras. Na Mostra Mundial, 13 títulos dão conta de apresentar um panorama da produção de destaque em alguns países a partir da realização de veteranos, como Kiyoshi Kurosawa (“Creepy”), Albert Serra (“A Morte de Luís XIV”) e Philippe Grandrieux (“Apesar da Noite”), e novatos, como Zhang Hanyi (“A Vida Após a Vida”) e Ted Fendt (“Short Stay”).
Já a Mostra Clássica trará quatro obras icônicas do cinema. São elas: “Blow-Up – Depois Daquele Beijo” (1966), de Michelangelo Antonioni, “Estranhos no Paraíso” (1984), de Jim Jarmusch, “Hiroshima Meu Amor” (1959), de Alain Resnais, e “O Homem que Caiu na Terra” (1976), de Nicolas Roeg.
Como tradição, a mostra Indie dedica uma retrospectiva a um diretor, com uma obra geralmente pouco acessível ao público. O homenageado da vez é o polonês Walerian Borowczyk. Falecido em fevereiro de 2006, o artista se desdobrava em diversas funções além do comando atrás das câmeras. Com dezenas de créditos como diretor, Borowczyk também assinou o roteiro, a montagem, a direção de arte e a fotografia de alguns de seus filmes – na Indie, serão exibidos dele sete longas e seis curtas.
A mostra Indie 2016 começa nesta quinta-feira (15/9) no CineSesc. No site do evento, é possível consultar a programação na íntegra.