Ministério Público quer monumento e escola de circo na praia em que Domingos Montagner morreu

O MPF (Ministério Público Federal) em Sergipe abriu processo contra a Prefeitura de Canindé de São Francisco pela morte do ator Domingos Montagner, que se afogou no rio São Francisco, na prainha […]

Domingos Montagner

O MPF (Ministério Público Federal) em Sergipe abriu processo contra a Prefeitura de Canindé de São Francisco pela morte do ator Domingos Montagner, que se afogou no rio São Francisco, na prainha da cidade, na última quinta-feira (15/9). Buscando uma indenização por dano moral coletivo, a procuradoria quer que seja criado no município um monumento “que reverencie a alegria das atividades circenses em homenagem à memória do ator”, diz o MPF. Outra medida seria a implantação de uma escola municipal de circo e teatro.

Para o MPF, a tragédia “contou com a omissão do poder público tanto pela falta de equipamentos de segurança no local quanto pela ausência de autorização de uso da área pela União”. “A inauguração das obras da Prainha do Rio São Francisco convida as pessoas a usarem o local para banho. Desde aquela época, a área deveria estar devidamente sinalizada e com salva-vidas trabalhando no local”, diz o ofício, assinado pela procuradora Lívia Tinoco.

A prefeitura e o governo do Estado inauguraram obras de urbanização na prainha de Canindé de São Francisco em 30 de julho. No entanto, de acordo com o MPF, as obras estão irregulares, pois não há qualquer solicitação de cessão do terreno nem por parte do Estado nem por parte do município. “As intervenções em área da União foram feitas sem autorização da Superintendência de Patrimônio da União”, explicou a procuradora.

Após a inauguração das obras, o MPF enviou ofício à prefeitura de Canindé para que não realizasse a entrega dos quiosques a particulares até a regularização do terreno. A medida, segundo a entidade, seria para evitar uma possível entrega de estabelecimentos em área federal sem a realização de processo licitatório e sem autorização da União para uso da área.

Por conta disso, as obras não foram terminadas e não há sinalização nem salva-vidas no local.

Nesta terça, a prefeitura de Canindé publicou em seu site uma nota esclarecendo que o MPF não teve qualquer responsabilidade pela ausência de placas, sinalizações e salva-vidas na prainha do rio São Francisco.