A Universal divulgou novos pôsteres americanos e o trailer nacional legendado de “12 Horas Para Sobreviver – O Ano da Eleição”. E o que é este filme de título tão longo? Mais um equívoco da titulagem nacional. Trata-se do terceiro longa da franquia “The Purge”, que até então vinha sendo traduzida no Brasil como “Uma Noite de Crime”. Quem batizou “The Purge”, que significa “o expurgo”, com um título de quatro palavras foi a própria Universal em 2013. Por que mudar, então? Talvez porque o segundo filme tenha chegado por outra distribuidora no Brasil, a H2O, que teve o cuidado de respeitar a titulagem original, lançando-o como “Uma Noite de Crime: Anarquia”. Ao retomar a franquia, a Universal marca distância da distribuidora anterior com um título diferente, que, ao mesmo tempo, rompe totalmente com o padrão que ela própria estabeleceu. Quem já convive com “Uma Noite Alucinante 2” como continuação de “A Morte do Demônio” tem agora que suportar outro #fail monumental dos tradutores oficiais.
Mas digamos que fosse mesmo necessário mudar o título. Não seria melhor simplificar? A tradução literal do terceiro filme é “O Expurgo: Ano de Eleição”, cinco palavras. Mas, claro, para quê simplificar se é possível lotar um cartaz com oito palavras? “12 Horas Para Sobreviver – O Ano da Eleição” tem quase tantas letras quanto “Entrando numa Fria Ainda Maior com a Família”, a “tradução” oficial de “Little Fockers”! O público de cinema não merece tanta criatividade.
Claro que todas as resenhas do lançamento vão perder espaço preciso para discutir esse título duvidoso, deixando os comentários sobre o filme propriamente dito para as linhas que sobrarem. Como aqui.
É importante destacar que, apesar da “tradução” aleatória, a trama referencia diretamente os longas anteriores, ao trazer de volta os personagens de Edwin Hodge, o jovem negro resgatado no primeiro “Uma Noite de Crime” (2013), e Frank Grillo, o “Sargento” de “Uma Noite de Crime: Anarquia” (2014). Desta vez, os aspectos políticos da franquia distópica assumem o centro da ação, acompanhando uma Senadora (Elizabeth Mitchell, das séries “Lost” e “Revolution”) que pretende acabar com os expurgos anuais. O problema é que seus inimigos querem aproveitar a nova noite de crime para eliminá-la. E cabe ao arrependido “Sargento” repetir a situação em que ele se meteu anteriormente, protegendo a Senadora fugitiva nas ruas violentas, após o início das 12 horas anuais em que todos os crimes são permitidos.
Como os filmes anteriores da trilogia, o terceiro também é escrito e dirigido por James DeMonaco. A estreia está marcada para 15 de setembro no Brasil, mais de dois meses após o lançamento nos EUA (em 1/7).