Cinema brasileiro é ignorado no “Oscar ibero-americano”

A organização dos Prêmios Platino, que a mídia internacional apelidou de “Oscar ibero-americano”, divulgou os indicados a sua 3ª edição. E a lista, voltada ao cinema falado em português e espanhol, ignora […]

A organização dos Prêmios Platino, que a mídia internacional apelidou de “Oscar ibero-americano”, divulgou os indicados a sua 3ª edição. E a lista, voltada ao cinema falado em português e espanhol, ignora totalmente a produção cinematográfica brasileira. Nem “Boi Neon”, de Gabriel Mascaro, nem “Que Horas Ela Volta?”, de Anna Muylaert, para citar as produções nacionais recentes mais premiadas no exterior, receberam indicações.

No ano passado, o cinema nacional venceu dois troféus: Melhor Documentário para “O Sal da Terra”, de Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado, e Melhor Animação para “O Menino e o Mundo”, de Alê Abreu. Neste ano, “Paulina” é o único filme selecionado com alguma participação brasileira, dentro de uma coprodução internacional. Mas o diretor (Santiago Mitre), a equipe técnica e o elenco são argentinos, e o filme só está na disputa dos prêmios de Melhor Fotografia e Atriz (Dolores Fonzi).

Dois longas lideram as nomeações, citados em oito categorias: “O Abraço da Serpente”, do colombiano Ciro Guerra, e “Ixcanul”, do guatemalteco Jayro Bustamante. Além deles, também aparecem com destaque “O Clube”, do chileno Pablo Larraín, e “O Clã”, do argentino Pablo Trapero, com seis indicações.

O prêmio principal, o de Melhor Filme Ibero-Americano, será disputado pelos quatro mencionados e “Truman”, do espanhol Cesc Gay.

A cerimônia de premiação está marcada para 26 de julho no Centro de Convenções de Punta del Este, no Uruguai.

Indicados ao Prêmio Platino de Cinema Ibero-Americano 2016

Melhor filme
“O abraço da serpente” (Colômbina, Venezuela e Argentina)
“O clã” (Argentina e Espanha)
“El club” (Chile)
“Ixcanul” (Guatemala)
“Truman” (Espanha e Argentina)

Melhor diretor
Alongo Ruiplacios (“Güeros”)
Cesc Gay (“Truman”)
Ciro Guerra (“O abraço da serpente”)
Pablo Larraín (“El club”)
Pabro Trapero (“O clã”)

Melhor ator
Alfredo Castro (“El club”)
Damián Alcázar (“Magallanes”)
Guillermo Francella (“O clã”)
Javier Cámara (“Truman”)
Ricardo Darín (“Truman”)

Melhor atriz
Antonia Zegers (“El club”)
Dolores Fonzi (“Paulina”)
Elena Anaya (“La memoria del agua”)
“Inma Cuesta (“La novia”)
Penélope Cruz (“Ma Ma”)

Melhor roteiro
Cesc Gay e Tomás Aragay (“Truman”)
Ciro Guerra e Jacques Toulemonde (“O abraço da serpente”)
Jayro Bustamante (“Ixcanul”)
Pablo Larraín, Guillermo Calderón e Daniel Villalobos (“El club”)
Salvador del Solar (“Magallanes”)

Melhor animação
“Atrapa la bandera” (Espanha)
“Don Gato 2: El inicio de la pandilla” (México)
“El americano” (México)
“El secreto de Amila” (Espanha e Argentina)
“Un gallo con muchos huevos” (México)

Melhor documentário
“Allende mi abuelo Allende” (Chile e México)
“Chicas nuevas 24 horas” (Espanha, Argentina, Paraguai, Colômbia e Peru)
“El botón de nácar” (Chile e Espanha)
“La once” (Chile)
“The propaganda game” (Espanha)

Melhor edição
César Díaz (“Ixcanul”)
Eric Williams (“Magallanes”)
Etienne Boussac e Cristina Gallego (“O abraço da serpente”)
Jorge Coira (“El desconocido”)
Pablo Trapero e Alejandro Carrillo Penovi (“O clã”)

Melhor direção de arte
Angélica Perea (“O abraço da serpente”)
Bruno Duarte e Artur Pinheiro (“As mil e uma noites: Volume 2, o desolado”)
Jesús Bosqued Maté e Plar Quintana (“La novia”)
Sebástian Orgambide (“O clã”)

Melhor direção de fotografia
Carlos García e Marco Salavarria (“O abraço da serpente”)
David Machado, Jaime Fernández e Nacho Arenas (“El desconocido”)
Eduardo Cárceres e Julien Cloquet (“Ixcanul”)
Federico Esquerro, Santiago Fumagalli e Edson Secco (“Paulina”)
Vicente D’Elía e Leandro de Loredo (“O clã”)

Melhor música original
Alberto Iglesias (“Ma Ma”)
Federico Jusid (“Malgallanes”)
Lucas Vidal (“Nadie quiere la noche”)
Nascuy Linares (“O abraço da serpente”)
Pascual Reyes (Ixcanul”)

Melhor filme de diretor estreante
“600 milhas” (México)
“El desconocido” (Espanha)
“El patrón: Radiografía de un crimen” (Argentina e Venezuela)
“Ixcanul” (Guatemala)
“Magallanes” (Peru, Colômbia, Argentina e Espanha)