O centenário de Frank Sinatra, que se comemora neste sábado (12/12), é uma ótima oportunidade para relembrar os clássicos eternizados pela famosa The Voice – a original – em alguns de seus melhores filmes musicais.
Sinatra foi um dos primeiros cantores a virar ídolo dos cinemas, com algo que Al Jolson e Bing Crosby, por exemplo, nunca tiveram: sex appeal. Basta ver as cenas em que ele aparecia contracenando com Grace Kelly, Rita Hayworth e Shelley Winters para perceber suas intenções. Suas letras não eram para garotas tímidas, falando de amor sem muitos rodeios. Quase uma década antes dos Beatles cantaram que queriam pegar na mão, ele já ensinava a “amá-las de manhã, beijá-las toda a noite e hmm enchê-las de amor”.
A Sinatramania também precedeu a Beatlemania ao mudar o público da música popular. Até então voltados para adultos, os discos entraram nos quartos das bobby soxers (adolescentes que predataram os “teenagers”) após Sinatra seduzi-las sua voz e com as capas de compactos impressas com seus olhos azuis.
Sua fórmula de sucesso com filmes musicais também foi seguida por Elvis Presley. Mas enquanto o roqueiro jamais foi levado a sério como ator, Sinatra venceu um Oscar, como Melhor Ator Coadjuvante por “Assim Caminha a Humanidade” (1953), produção que marcou a segunda fase de sua carreira, quando conquistou de vez a crítica. Dois anos depois, ainda foi indicado ao Oscar de Melhor Ator pelo trabalho excepcional de “O Homem do Braço de Ouro” (1955), em que viveu um viciado. Nestes dois clássicos, não cantou nenhuma canção.
Mas, claro, ele cantou muito no cinema, inclusive alguns de seus maiores sucessos. As cenas abaixo fazem parte dos musicais mais famosos de sua carreira, após as aparições iniciais como cantor da big band de Tommy Dorsey e dos duetos como coadjuvante de Gene Kelly. Em ordem cronológica: “Ao Compasso da Vida” (1951), “Corações Enamorados” (1954), “Armadilha Amorosa” (1955), “Alta Sociedade” (1956), “Chorei Por Você” (1957), “Meus Dois Carinhos” (1957), “Os Viúvos Também Sonham” (1959), no qual cantou “High Hopes”, consagrada com o Oscar de Melhor Canção Original, fechando com “Can-Can” (1960), último dos grandes musicais de Sinatra. De “All of Me” a “Let’s Do It”.