A atriz Meryl Streep será a presidente do juri do Festival de Berlim 2016. A organização do evento, que acontecerá entre 11 e 21 de fevereiro, anunciou sua escolha na quarta-feira (14/10).
“Meryl Streep é uma das mais criativas e multifacetadas artistas. Para marcar nosso entusiasmo por seu incrível talento, nós a homenageamos em 2012 por seu conjunto da obra. Estou feliz que ela esteja retornando a Berlim com sua experiência artística para a presidência do júri internacional”, disse Dieter Kosslick, diretor do festival, em comunicado.
Streep também foi homenageada pelo festival em duas outras ocasiões: em 1999, foi premiada com o Camera Berlinale, e em 2003, dividiu o Urso de Prata de Melhor Atriz com Juliane Moore e Nicole Kidman por sua atuação em “As Horas”.
“É sempre uma emoção retornar ao festival, mas é com grande prazer que espero participar do júri. A responsabilidade é um pouco assustadora, já que eu nunca fui presidente de nada”, disse ela, assumindo-se “grata pela honra”.
A escolha mantém a atriz em evidência, após chamar atenção por comentários em relação ao machismo da indústria cinematográfica e ao feminismo, aproveitando a divulgação do filme “Suffragette”, em que interpreta uma das pioneiras do movimento feminista.
Ela revelou que até o seu salário é menor que o de colegas homens, apesar de já ter vencido três Oscar e deter o recorde de 19 indicações ao prêmio. Entretanto, preferiu descrever-se como “humanista” a “feminista”, falando sobre suas restrições ao que acredita ser o “significado atual” da palavra. “Eu sou mãe de um filho e mulher de um homem. Amo homens. Não se trata do que o feminismo significa historicamente, mas do que ele passou a significar para jovens mulheres, que as faz sentir que elas devam se afastar das pessoas que elas amam. Isso me incomoda. Eu sou (feminista), é claro. Mas as minhas ações provam o que eu sou. Eu vivo sob estes princípios”, declarou.
“Suffragette”, seu próximo filme, estreia em 24 de dezembro no Brasil. Ela também interpreta o papel principal de “Florence Foster Jenkins”, cinebiografia de uma herdeira obcecada em virar cantora de época, que tem direção de Stephen Frears (“Philomena”) e previsão de lançamento apenas para o final de 2016.