David Bowie lançou o clipe de sua nova música, “Blackstar”, que é praticamente um curta-metragem de dez minutos. A faixa dá título ao novo disco do cantor, que terá só oito canções. A julgar pela longa duração de “Blackstar”, é fácil entender porquê.
A música surpreende pela inventividade, um pouco ausente nos últimos trabalhos de Bowie. Mesclando jazz, sintetizadores e melodia étnica, o resultado pode não virar hit, mas, juntar-se a um grupo de jovens jazzistas, rejuvenesceu o som do cantor. Sem dúvida, foi sua melhor iniciativa em três décadas. Para completar, Tony Visconti, que produziu discos clássicos do músico inglês, também está a bordo, fazendo conexões com trabalhos anteriores e cultuados – “Blackstar” tem inspiração no mesmo melting pot da faixa instrumental “Warszawa”, do icônico LP “Low” (1977), coproduzido por Visconti e Brian Eno.
Já o clipe, dirigido pelo sueco Johan Renck, vai da sci-fi ao terror, incluindo cenas de astronauta morto, alienígena fofa, espantalhos sinistros e ritual satânico. Renck já trabalhou com Madonna, Lana Del Rey e New Order, mas recentemente tem se dedicado a dirigir séries de TV, entre elas “Breaking Bad”, “The Walking Dead”, “Vikings” e “Bates Motel”. Além disso, assinou todos os capítulos da excelente série britânica “The Last Panthers”, ainda em exibição no Reino Unido.
O vídeo de “Blackstar”, por sinal, teve sua première mundial em exibição no canal pago Sky Atlantic, logo depois do segundo episódio de “The Last Panthers”.
O CD homônimo será lançado em 8 de janeiro, data do aniversário de David Bowie – e também de Elvis Presley, Robbie Krieger e do autor deste post.