Gloria Perez grava depoimento para série sobre tráfico humano

A série documental "Vidas Roubadas" traz relatos de vítimas que tentam encontrar suas raízes biológicas e reconstruir suas verdadeiras identidades

Divulgação/Globo

Gloria Perez gravou um depoimento para a série “Vidas Roubadas – A Saga de Isabella”, que será lançada no próximo dia 20 pelo Canal Brasil e Globoplay. A produção narra a história uma brasileira que foi traficada ilegalmente para a França na década de 1980.

A história virou alvo de investigação após a jovem assistir a telenovela “Salve Jorge” (2012), que abordava o tráfico humano na Turquia. A partir daí, Isabella teve um insight sobre seu passado e começou uma busca pela família biológica. Aos 14 anos, ela descobriu documentos sobre um orfanato que intermediou sua adoção ilegal por seus pais franceses.

Novela de Gloria Perez

A autora do folhetim confirmou que estudou vários casos de tráfico humano para desenvolver seus personagens: “Eu procurei ler muito e conversar muito com eles [as vítimas] sobre o que eles sentiam nessa condição de terem sido traficados, e Aisha [Dani Moreno] é um somatório de todas essas angustias que foram expressas para nós, porque ela queria saber de onde ela veio. Mas no caso de uma pessoa traficada, é muito mais do que isso”.

“A curiosidade, a necessidade de saber como é que isso [o tráfico e a venda ilegal] se deu, fica muito maior. Porque tem uma história por trás disso muito dolorosa. Ela foi roubada de um país para outro. ‘Por que minha mãe não ficou por mim? Minha mãe não me quis? Eles me compraram?’ É um terreno muito doloroso”, completou Gloria.

Mais detalhes da série documental

A série documental traz outros casos do orfanato “Lar da Criança Menino Jesus”, que intermediava as vendas ilegais de bebês e acompanha as vítimas na busca de suas raízes biológicas. A produção visa compreender se os indivíduos que foram raptados e traficados ainda na infância são capazes de reconstruir sua identidade.

“Vidas Roubadas” terá cinco episódios dirigidos por Maurício Dias (“João de Deus: Cura e Crime”) e Eduardo Rajabally (“Amazônia Desconhecida”), que dedicaram sete anos de investigação desde o primeiro contato com Isabella até a finalização do documentário.