Compositor Tonny Brasil, o pai do tecnobrega, morre aos 57 anos

O compositor deixou um grande legado de músicas que foram interpretadas por vários nomes da música brasileira

Instagram/DJ Marcos Maderito

O compositor Tonny Brasil, considerado o “pai do tecnobrega”, morreu aos 57 anos no último domingo (2/6), ainda sem causa confirmada pela família. O corpo do artista foi velado nesta segunda-feira (3/6) em Belém, no Pará. Em abril, ele ficou internado após sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral).

A esposa do artista, Mariza Siqueira, confirmou a informação e comentou sobre a promessa de celebrar o legado do marido. “Não tenho palavras para descrever essa dor que estou sentindo em saber que não irei ver você todas os dias me chamando de gatinha. Só Deus sabe o quanto eu lutei incansavelmente para ter você de volta. Mas Deus quis você perto dele e aprendi que não devemos ir contra a vontade de Deus”, lamentou ela.

“Está doendo muito, meu amor. Obrigada por ser companheiro, amigo, esposo e principalmente pai dos nossos filhos que tanto amamos. Lá de cima estará torcendo por cada um de nós. Não será fácil, mas vou seguir com nossos planos e conquistas. Você sempre será nosso herói e sabemos o quanto foi forte até aqui. Te amo, Tonny. Sempre faremos de tudo por seu legado e suas mais de 2000 mil composições que deixastes para a cultura paraense. Nunca deixaremos esse legado se apagar”, finalizou Mariza.

Carreira de Tonny Brasil

Tonny Brasil foi compositor de vários hits de sucesso da banda Calypso e de outros artistas do tecnobrega, como Wanderley Andrade e Gaby Amarantos, que também lamentou a despedida do compositor nas redes sociais.

“Perdemos o pai do tecnobrega Tonny Brasil. Grande compositor, produtor musical e artista que sempre vibrava com as minhas conquistas. Tonny sempre será um visionário da periferia, que, com poucos recursos, ajudou muitos artistas a terem uma carreira. Obrigada, mestre, voe em paz”, escreveu Gaby no X (antigo Twitter).

O artista também comandava apresentações ecléticas nos anos 2000, quando ele tocava músicas repletas de sintetizadores em Belém. Suas composições não se limitaram às fronteiras do estado, e ele teve destaque com “Cumbia do Amor”, cantada por Marília Mendonça (1995-2021), e “Dudu”, na voz de Joelma (ex-Calypso).

Além disso, ele também obteve fama com o passar dos anos ao adicionar alguns elementos do zouk, ritmo caribenho em suas canções que foram regravadas por outros grandes nomes da música paraense, como Reginaldo Rossi, Leonardo, Pablo e Léo Magalhães.