Comissão da Câmara faz moção de repúdio ao show da Madonna no Rio

Repúdio de deputados foi estendido também à Anitta, Pabllo Vittar, Claudio Castro e Eduardo Paes

Instagram/Madonna

A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (22/5) uma moção de repúdio ao show da cantora Madonna, que aconteceu em 4 de maio na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.

A iniciativa foi uma ação de deputados bolsonaristas: Chris Tonietto (PL-RJ), Cristiane Lopes (União-RO), Clarissa Tércio (PP-PE), Dr. Allan Garcês (PP-MA) e Julia Zanatta (PL-SC).

O texto repudia, além da própria Madonna, os cantores Anitta e Pabllo Vittar, que fizeram participações especiais durante o show, o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), e o prefeito Eduardo Paes (PSD).

Na justificativa, os bolsonaristas afirmaram que a apresentação da The Celebration Tour promoveu “vilipêndio à fé da maioria da população brasileira, e do conteúdo nocivo apresentado, de forte viés erótico”.

“Em sua apresentação, a referida cantora utilizou-se de símbolos e elementos de ritos satânicos, em claro deboche à religião cristã, majoritária em todo o território nacional. Ademais, o caráter erótico e de inspiração pornográfica de suas coreografias – que simulavam posições sexuais e verdadeiras orgias no palco –, além de torná-las impróprias à audiência mais jovem da apresentação – que foi transmitida em rede nacional, sendo acompanhada por milhões de brasileiros de todas as idades, inclusive crianças –, ofende gravemente os princípios morais da maioria da população brasileira, e mesmo o mínimo padrão de decência necessário a uma convivência social harmoniosa”, argumenta o texto.

Curiosamente, o patrocinador do espetáculo, banco Itaú, não mereceu repúdio dos bolsonaristas.

Muito ocupada com a redação da nota, a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados ainda não fez manifestações, projetos ou propostas sobre as crianças, adolescentes e famílias afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul, que hipoteticamente deveriam ser prioridade durante uma tragédia de impacto nacional.