Fã obcecada por Débora Falabella é presa após quase uma década de perseguição

Mulher, que estava internada em clínica psiquiátrica, invadiu camarim de peça, perturbou local de trabalho e tentou entrar no edifício em que a atriz mora

Divulgação/Globo

A polícia de Pernambuco prendeu uma mulher acusada de perseguir a atriz Débora Falabella desde 2015. Obcecada pela atriz, a mulher já estava internada em uma clínica psiquiátrica e foi levada para a colônia penal feminina Bom Pastor, em Recife.

De acordo com um boletim de ocorrência registrado pela atriz em julho de 2022, a “perseguição” começou em 2015 quando a fã invadiu o seu camarim. “Esclarece a vítima que há muitos anos a fã a persegue, enviando cartas com conteúdo estranho e ultimamente a perturba em seu local de trabalho, qual seja, teatro e afins sempre com escândalos e tentando aproximação a todo custo”, diz o texto do boletim de ocorrência.

“Esclarece a vítima que há muitos anos a fã a persegue, enviando cartas com conteúdo estranho e ultimamente a perturba em seu local de trabalho, qual seja, teatro e afins sempre com escândalos e tentando aproximação a todo custo”, segue o registro.

A queixa criminal foi feita após a mulher, de acordo com o relato da atriz, ter tentado entrar no edifício em que ela mora. “Informa a vítima que está bastante temerosa por sua integridade psicológica e física, bem como de seus familiares e amigos”, conclui o boletim.

A ordem de prisão foi dada após a fã ter descumprido uma determinação judicial, procurando a atriz novamente por telefone e mensagens de texto. A Justiça ainda levou em conta que ela não se submeteu a um exame psicológico como havia sido determinado.

A defesa da fã

“A paciente é portadora de distúrbios de origem psíquica, tendo começado a ter crises em 2013, sendo inclusive aposentada por invalidez pelo INSS”, declarou à Justiça o advogado Luciano Cavalcanti, que a representa. A idolatria da atriz pela mulher, que não foi identificada, virou obsessão e, em períodos de surto, ela não faz distinção do que é verossímil. “Ela viajava para ver suas peças e sentiu uma necessidade de se aproximar da Débora Falabella”, disse o advogado.

A defesa entrou com pedido de habeas corpus, declarando que a decretação da prisão é ilegal e em nada ajudará no tratamento da paciente. O advogado ressalta que, na clínica, ela passava por tratamento psiquiátrico intensivo. “Prender uma pessoa internada para tratamento psiquiátrico, direcionando-a para uma unidade prisional, chega a ser desumano”, argumentou.