Ben Affleck diz que nunca dirigirá um filme do DC Studios

O ator e cineasta Ben Affleck (“Argo”) afirmou que não tem qualquer interesse em dirigir um filme do recém-formado DC Studios, comandado pelo cineasta James Gunn e o produtor Peter Safran (ambos […]

Divulgação/Warner Bros.

O ator e cineasta Ben Affleck (“Argo”) afirmou que não tem qualquer interesse em dirigir um filme do recém-formado DC Studios, comandado pelo cineasta James Gunn e o produtor Peter Safran (ambos de “O Esquadrão Suicida”).

“Eu não dirigiria algo para o DC de [James] Gunn. Absolutamente não”, disse Affleck em longa entrevista à revista The Hollywood Reporter. “Eu não tenho nada contra James Gunn. Cara legal, tenho certeza de que ele fará um ótimo trabalho. Eu simplesmente não gostaria de dirigir da maneira como eles estão fazendo isso. Não estou interessado nisso”.

Em dezembro, foi reportado que Gunn havia se encontrado com Affleck para conversar sobre a possibilidade de ele dirigir um filme da DC. Mas agora Affleck deixou claro que não pretende voltar para o universo de super-heróis. E o motivo para isso foi a sua experiência em “Liga da Justiça”.

“Você poderia ensinar um seminário sobre todas as razões pelas quais isso [que aconteceu em ‘Liga da Justiça’] não deve ser feito”, afirmou Affleck sobre a experiência de trabalhar com o diretor Joss Whedon e os produtores do filme. “Desde a produção até as más decisões e uma terrível tragédia pessoal, e terminando com o gosto mais amargo na minha boca”.

Por conta do que aconteceu nos bastidores de “Liga da Justiça”, como a troca de diretor em refilmagens e diversos problemas com os produtores, Affleck preferiu desistir de dirigir um novo filme-solo do “Batman”, personagem que ele interpretava. “Eu ia dirigir um ‘Batman’, e [Liga da Justiça] me fez pensar: ‘Eu desisto. Eu nunca mais quero fazer nada disso. Não sou adequado para isso’. Essa foi a pior experiência que já vi em um negócio que é cheio de experiências ruins”, contou. Assim, “Batman” eventualmente passou para o comando de Matt Reeves que, por sua vez, reestruturou todo o filme.

“Você quer ir trabalhar e encontrar algo interessante para se agarrar, em vez de apenas usar um traje de borracha, e a maioria das vezes você está em pé contra a tela do computador dizendo: ‘Se esse lixo nuclear se livrar, nós poderemos…’ Tudo bem. Eu não menosprezo isso ou desqualifico, mas cheguei a um ponto em que achei criativamente insatisfatório. Além disso, você está suado e exausto. E pensei: ‘Eu não quero participar disso de forma alguma. E não quero desperdiçar mais da minha vida, da qual tenho uma quantidade limitada'”, acrescentou.

Apesar disso, ele elogia Zack Snyder por ter conseguido fazer sua versão de “Liga da Justiça” na HBO Max. “O gênio, e o lado positivo, é que Zack Snyder eventualmente foi para a AT&T e disse: ‘Olha, posso te dar quatro horas de conteúdo'”, apontou. “E é basicamente todo o slow motion que ele filmou em preto e branco. E mais um dia de filmagem comigo. Ele disse: ‘Você quer vir filmar no meu quintal?’ Eu disse: ‘Acho que temos que fazer um acordo, Zack, temos que lidar com os sindicatos’. Mas eu fui e fiz isso. Gosto de muitas das coisas que fizemos, especialmente do primeiro [‘Batman v Superman’]. E agora [‘Liga da Justiça de Zack Snyder’] é meu filme de maior pontuação da audiência no IMDb”, afirmou Affleck com ironia. “Diga o que quiser, é o meu filme com maior aprovação do público. Nunca tive um filme que fosse do meu ponto mais baixo para o auge. Retroativamente, é um sucesso.”

Ainda que sua experiência tenha sido tão ruim, Ben Affleck voltou ao papel de Bruce Wayne/Batman no filme “The Flash”, que chega aos cinemas em junho. E, curiosamente, ele defendeu essa participação com orgulho.

“Finalmente descobri como interpretar aquele personagem [Batman] e acertei em ‘The Flash’. Pelos cinco minutos que estou lá, é realmente ótimo”, concluiu.