Margareth Menezes é a nova Ministra da Cultura do Brasil

A cantora Margareth Menezes aceitou nesta terça-feira (13/12) o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para comandar o Ministério da Cultura. A artista assume o cargo em 20 dias, a […]

Twitter/Margareth Menezes

A cantora Margareth Menezes aceitou nesta terça-feira (13/12) o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para comandar o Ministério da Cultura. A artista assume o cargo em 20 dias, a partir de janeiro.

Numa entrevista coletiva em frente ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), a cantora soteropolitana contou aos jornalistas que o convite “foi uma surpresa”.

“Foi uma conversa muito animadora para a gente que é da cultura. Nós conversamos e eu aceitei a missão. Recebo isso como uma missão, até porque foi uma surpresa para mim também”, declarou à imprensa.

Horas antes do anúncio, ela se encontrou com o presidente Lula em um hotel na capital federal para uma conversa sobre a pasta, que voltará a ser Ministério após ser rebaixada a secretaria por Jair Bolsonaro, numa demonstração de como o ex-presidente ainda no cargo tratava a cultura brasileira.

Por essa razão, Margareth afirmou que será preciso “reerguer” o Ministério. Em uma postagem no Twitter, ela afirmou: “Agradeço ao presidente Lula pela confiança, tendo a certeza de que será um grande desafio e uma enorme responsabilidade. Vamos trabalhar incansavelmente para reerguer a Cultura do nosso país!”

Com o convite aceito para compor a pasta, Margareth Menezes se torna a primeira mulher oficializada na equipe ministerial do terceiro governo Lula. Outros três nomes femininos são esperados para os próximos dias. Ela também é a primeira negra do Ministério do governo Lula.

Além de virar ministra, a cantora baiana será uma das artistas a se apresentar na posse do presidente, que acontece em 1º de janeiro.

Com a escolha de Margareth, Lula repete um convite a um astro da música popular brasileira, após a experiência positiva com Gilberto Gil à frente do Ministério entre 2003 e 2008.

Margareth Menezes já conquistou diversos prêmios importantes e indicações ao Grammy Latino, e na década de 1990 chegou a ser internacionalmente conhecida como a “Aretha Franklin brasileira” graças à participação na turnê “Rei Momo”, de David Byrne.

Ela também tem uma extensa carreira como ativista. Margareth Menezes fundou a Associação Fábrica Cultural, de combate ao trabalho infantil, exploração sexual e outras violações de direitos, e também dirige o Mercado Iaô, agência de produção cultural na Bahia. Além disso, ainda é embaixadora da IOV-UNESCO, grupo que visa preservar e fomentar a produção cultural.

Em 2022, foi eleita uma das 100 pessoas negras mais influentes do mundo pela ONG americana MIPAD.