Gina Lollobrigida vai concorrer ao senado italiano aos 95 anos

A atriz Gina Lollobrigida, ícone do cinema italiano e uma das atrizes mais glamourosas da era de ouro de Hollywood, vai concorrer ao cargo de senadora da Itália por um partido de […]

Divulgação/RAI

A atriz Gina Lollobrigida, ícone do cinema italiano e uma das atrizes mais glamourosas da era de ouro de Hollywood, vai concorrer ao cargo de senadora da Itália por um partido de esquerda, aos 95 anos.

Apesar da idade, ela mantém toda a sua energia e agora pretende canalizá-la para convencer os italianos a votarem nela na eleição marcada para 25 de setembro.

A atriz concorrerá pelo partido Itália Soberana e Popular, uma nova aliança política que se opõe ao envio de armas para a Ucrânia e ao “atlanticismo belicista” e é apoiada, entre outras forças, pelo Partido Comunista e pela Pátria Socialista.

Em entrevista recente publicada no jornal Corriere della Sera, Lollobrigida se disse “farta de ouvir os políticos falarem sem chegar a soluções”.

“Enquanto tiver energia, vou usá-la para coisas importantes, principalmente para o meu país. A Itália tem problemas, quero fazer algo bom e positivo”, declarou.

A protagonista de clássicos como “O Corcunda de Notre Dame” (1956), “Quando Setembro Vier” (1961) e “Amor à Italiana” (1965) disse ter se decidido a concorrer após conversar com seu advogado, Antonio Ingroia, e ser inspirada por Mahatma Gandhi, a quem elogia por “sua maneira de fazer as coisas, a não-violência”.

Lollobrigida já tentou a sorte no mundo da política na década de 1990, quando concorreu ao Parlamento Europeu, mas não foi eleita.

Ela disse que recorda aquela derrota como “uma experiência” e, nesse sentido, pondera que “na vida você pode perder e pode ganhar”.

As pesquisas para as eleições antecipadas de 25 de setembro dão como favoritas a coalizão conservadora formada pelo Força Itália, liderada por Silvio Berlusconi.

Berlusconi, que completará 86 anos quatro dias depois dessas eleições, disse recentemente que também pensa em concorrer a senador, após ter sido expulso do Senado em 2013 devido à condenação por fraude. Este veredito o impediu de ocupar cargos gerenciais e concorrer a eleições por vários anos.