Army of the Dead: Zack Snyder restaura cassinos fechados de Atlantic City para filme de zumbis

A produção de “Army of the Dead”, novo filme do cineasta Zack Snyder (“Batman vs. Superman”), está recriando cassinos de Las Vegas em outra cidade americana famosa por seus estabelecimentos de jogos, […]

A produção de “Army of the Dead”, novo filme do cineasta Zack Snyder (“Batman vs. Superman”), está recriando cassinos de Las Vegas em outra cidade americana famosa por seus estabelecimentos de jogos, Atlantic City. Para completar o paradoxo, os cenários usados no filme são de antigos cassinos, já fechados, que estão sendo restaurados e preenchidos por equipamento moderno.

O detalhe é que a restauração não precisa ser muito caprichada. Isto porque “Army of the Dead” é um filme semi-apocalíptico, que se passa durante um surto de zumbis. A trama é uma espécie de “Onze Zumbis e um Segredo”, pois acompanha um homem que reúne um grupo de mercenários para realizar o maior assalto já tentado, na cidade de Las Vegas. O detalhe é que, para chegar nos milhões, eles precisarão invadir uma zona de quarentena e se arriscar em meio a uma horda de zumbis.

A imprensa de Atlantic City revelou que a produção está usando dois hotéis, o Atlantic Club Casino Hotel e o Showboat Hotel, atualmente fora de funcionamento, para fazer as vezes de cassinos ativos de Las Vegas.

Felizmente, hoje em dia não é preciso recorrer a tanto trabalho para simular a criação de cassinos clássicos. Não faltam opções online, que permitem ao consumidor se imaginar em Las Vegas. Inclusive no Brasil. Embora os estabelecimentos físicos sejam proibidos no Brasil desde os anos 1940, os brasileiros utilizam as plataformas online para fazer suas jogadas. E nem é preciso perder muito tempo procurando, porque o cassinosbrazil.com.br funciona como um portal, que reúne os principais endereços do segmento. Assim fica fácil.

As novas gerações talvez não saibam, mas o Brasil também foi palco de muitos cassinos clássicos, que foram verdadeiras atrações turísticas, como o Cassino da Urca, no Rio. O Rio Grande do Sul, inclusive, tem uma praia chamada Cassino. Adivinhe porquê.

Vale lembrar que o famoso salão da Urca tinha um teatro concorridíssimo, que recebia grandes shows de artistas que se eternizaram no cinema e na música, como Grande Otelo, Carmen Miranda e sua irmã Aurora Miranda, Dick Farney, Virginia Lane, Dalva de Oliveira, Ary Barroso e até a famosa dançarina franco-americana Josephine Baker. Reza a lenda – e é verdade – que Joaquim Rolla ganhou o Cassino da Urca num jogo de cartas em 1933. Na época, o local ainda não era badalado. Mas ele investiu muito dinheiro no negócio para transformá-lo num grande sucesso em menos de um ano.

Já o Hotel Quintandinha, em Petrópolis, maior cassino brasileiro de todos os tempos, viu passar por seus salões estrelas do porte de Errol Flynn, Orson Welles, Lana Turner, Henry Fonda, Maurice Chevalier, Greta Garbo, Carmen Miranda, Bing Crosby, o presidente dos EUA Harry S. Truman, a Primeira Dama da Argentina Evita Perón e até Walt Disney.

Só nunca se viu zumbis em cassinos brasileiros. Na verdade, nem em nenhum cassino retratado no cinema, até Zack Snyder ter a ideia.

E aqui entra outra curiosidade. Existe uma slot machine chamada Zombies, que faz sucesso por trazer imagens de mortos-vivos. Normalmente, a categoria das slots é a que tem mais jogos, pois é a mais popular. Mas os cassinos online oferecem jogos de diversas categorias, como poker, baccarat, blackjack, e outros jogos de mesa.

No filme de Zack Snyder, um elenco grandioso vai tentar fazer fortuna enquanto mata zumbis. A lista de matadores inclui Dave Bautista (“Guardiões da Galáxia”). Omari Hardwick (“Power”), Chris D’Elia (“Undateable”), Hiroyuki Sanada (“Wolverine: Imortal”), Raul Castillo (“Atypical”), Nora Arnezeder (“Zoo”), Matthias Schweighöfer (“Viagem Sem Volta”), Ella Purnell (“Sweetbitter”), Garrett Dillahunt (“Fear the Walking Dead”), Ana de la Reguera (“Goliath”) e a dublê Samantha Win (“Mulher-Maravilha”).

Desenvolvida para a Netflix, a produção também representa um retorno às origens para o diretor Zack Snyder, que volta ao apocalipse zumbi 15 anos após o longa-metragem que inaugurou sua carreira, “Madrugada dos Mortos” (2004). Aquele longa também se passava num templo de consumo contemporâneo, um shopping center.

O projeto de “Army of the Dead” estava acumulando poeira desde 2007 na Warner, onde deveria ter sido dirigido por Snyder logo após “300” (2006).

Sem esquecê-lo, o diretor conseguiu convencer a Netflix a bancar sua produção, orçada, segundo o site The Hollywood Reporter, em respeitáveis US$ 90 milhões – orçamento de filme de super-heróis e não de zumbis.

A história é do próprio Snyder, mas foi roteirizada por Joby Harold, do infame “Rei Arthur: A Lenda da Espada” (2017). Além de dirigir, Snyder também assina a produção com sua esposa, Deborah Snyder.

Ainda não há previsão de estreia.