Bélgica inaugura primeiro estúdio de cinema “submarino”

A Bélgica inaugurou o primeiro estúdio de cinema “submarino” do mundo. Ou, pelo menos, o primeiro set de filmagem sob a água. Localizado nos arredores de Bruxelas, capital da Bélgica, o estúdio […]

A Bélgica inaugurou o primeiro estúdio de cinema “submarino” do mundo. Ou, pelo menos, o primeiro set de filmagem sob a água.

Localizado nos arredores de Bruxelas, capital da Bélgica, o estúdio Lites é, na verdade, uma piscina retangular de 24 metros de extensão e 9 metros de profundidade construída especialmente para filmagens.

A instalação inclui um chão removível, o que significa que sets de filmagem construídos em terra seca podem ser mergulhados na água. Guindastes nas laterais da piscina erguem barcos e outros objetos de cena, e há funcionários à disposição para treinar atores.

O estúdio também possui dois ambientes secos com máquinas poderosas de vento para criar tempestades.

O primeiro filme a utilizar o local foi o ainda inédito thriller “Breaking Surface”, escrito e dirigido pelo sueco Joachim Hedén (“New York Waiting”).

A trama acompanha duas irmãs que enfrentam uma nevasca durante uma viagem de carro para a Noruega, e a certa altura o elenco precisaria ser retratado em águas congelantes, o que jamais poderia ser feito em situações naturais.

Hedén comemorou a tecnologia desenvolvida pelo estúdio, que, em sua opinião, pode se tornar um set de filmagem importante para muitos outros. “É bem divertido ser a primeira produção a filmar aqui, e estou ansioso para voltar no futuro e ver o que mais está acontecendo”, afirmou para a agência Reuters.

Apesar de pequeno, o Lites permite grande liberdade nas filmagens aquáticas, porque foi feito para facilitar a captação de imagens sob a água – ao contrário do Baja Studios, no México, criado por James Cameron para as filmagens de “Titanic” (1997), que tinha a função de ser simplesmente um piscinão.

“Há produtores e cineastas que nos procuram e dizem: ‘Tenho um roteiro que está guardado no armário há cinco anos, e pensei que não seria possível realizar este projeto por ser muito perigoso'”, disse Karen Jensen, cofundadora do estúdio, também para a Reuters. “Mas aqui é possível filmá-lo de forma segura.”