Diretor de filmes da Xuxa fará documentário sobre Lula

O cineasta Moacyr Góes, que já fez filmes religiosos (“Maria, Mãe do Filho de Deus” e “Irmãos de Fé”), da Xuxa (três, incluindo “Xuxa Abracadabra”), comédia (“Trair e Coçar É Só Começar” […]

O cineasta Moacyr Góes, que já fez filmes religiosos (“Maria, Mãe do Filho de Deus” e “Irmãos de Fé”), da Xuxa (três, incluindo “Xuxa Abracadabra”), comédia (“Trair e Coçar É Só Começar” e “O Homem Que Desafiou o Diabo”) e mais recentemente adaptou Nelson Rodrigues (“Bonitinha, Mas Ordinária”), vai dirigir seu primeiro documentário, uma obra ambiciosa que pretende cobrir toda a trajetória do ex-presidente Lula.

Intitulado “Lula – Nunca Antes”, o filme irá examinar se o “mito corresponde ou não à realidade”, nas palavras do produtor Sérgio Sá Leitão, da Escarlate, que escreveu o roteiro com o escritor Guilherme Fiuza (“Meu Nome Não É Johnny”) e o humorista Marcelo Madureira (“As Aventuras de Agamenon, o Repórter”).

Segundo Fiuza, será um documentário para mostrar como a “história se desvirtuou”. “O filme vai recuar para a militância do nacionalismo e como isso desaguou nesse super-esquema de corrupção”, explicou o escritor ao blog Sem Legenda, da Folha de S. Paulo.

Ainda que nenhum deles seja vinculado a partido ou movimento, o trio tem uma postura política conhecida, de questionamento e crítica ao PT. Mas, segundo Fiuza, a ideia não é negar as realizações do ex-presidente. “O filme não nega que Lula seja um mito, que ele seja um elemento de unificação nacional. Mas parte da constatação de que existe uma frustração enorme com o rumo das coisas.”

Na pior das hipóteses, “Lula – Nunca Antes” pode servir de antídoto para “Lula, o Filho do Brasil” (2009), melodrama triunfalista do produtor Luiz Carlos Barreto, que também recebeu dinheiro de José Dirceu para filmar uma obra sobre sua vida. Mas este projeto jamais saiu do papel devido à prisão por corrupção do ex-Ministro de Lula.

Já o próximo projeto do produtor Sérgio Sá Leitão é uma obra ficção sobre Celso Daniel, o prefeito de São Bernardo que foi assassinado durante o surgimento do primeiro grande caso de corrupção envolvendo o PT.