Mel Gibson processo coprodutora de seu novo filme

O filme “The Professor and the Madman”, que tem Mel Gibson (“Herança de Sangue”) e Sean Penn (“O Franco-Atirador”) nos papéis principais, foi parar nos tribunais. Com roteiro e direção de Farhad […]

O filme “The Professor and the Madman”, que tem Mel Gibson (“Herança de Sangue”) e Sean Penn (“O Franco-Atirador”) nos papéis principais, foi parar nos tribunais. Com roteiro e direção de Farhad Safinia (roteirista de “Apocalypto”, filme dirigido por Gibson), o longa foi filmado em 2016 e, por conta da briga judicial, não tem previsão para chegar aos cinemas.

“The Professor and the Madman” é uma adaptação do best-seller homônimo de Simon Winchester, lançado no Brasil como “O Professor e o Louco”, e conta como o professor James Murray (papel de Gibson) começou o ambicioso projeto do dicionário Oxford em 1857, tendo como colaborador o Dr. W.C. Minor (Penn), que cuidou de mais de 10 mil verbetes, a despeito de sua condição de interno de um hospício para criminosos.

Segundo o Deadline, Gibson e o produtor Bruce Davey entraram com uma ação, em nome de sua produtora Icon, contra a Voltage Pictures, alegando violação de contrato e dever fiduciário, fraude promissória e muito mais. Descrevendo o projeto como um “trabalho de amor de Mel Gibson”, a ação descreve como o ator e produtor passou 20 anos desenvolvendo o projeto – ele comprou os direitos da adaptação nos anos 1990 – , até fechar um contrato em 2015 com a Voltage visando dividir os custos da produção.

“Os acordos exigem que coisas como mudanças no roteiro, mudança de diretor, orçamento final de produção e cronograma, e seleção de locais de filmagem sejam aceitos pela Icon e pelo Sr. Gibson”, diz o texto do processo. “Além disso, como seguro extra para que sua visão do filme seja protegida, o Sr. Gibson tem o direito, se necessário, de selecionar a edição final do filme que entre uma montagem preparada pelo Sr. Safinia e uma montagem preparada pela Voltage”.

Entretanto, ainda de acordo com a ação, a Voltage exibiu uma versão não aprovada para distribuidores no Festival de Cannes. Além disso, não honrou sua parte nas despesas, como o pagamento de locações “críticas” em Oxford, o orçamento apresentado, o contrato de direção da Safinia e a taxa de produção da Icon.

A ação pede uma indenização por danos e a recuperação dos direitos plenos sobre o filme, para a Icon realizar sua própria edição, filmar cenas extras que forem necessárias e fechar novos acordos de distribuição para lançar o trabalho nos cinemas.