Primeiras reações a “Um Completo Desconhecido” exaltam Timothée Chalamet como Bob Dylan

A primeira exibição do filme para críticos aconteceu na quinta-feira (21/11) em Los Angeles, nos Estados Unidos

Divulgação/20th Century Studios

Tá aprovado!

O filme biográfico “Um Completo Desconhecido” teve a sua primeira exibição na quinta-feira (21/11) para críticos e jornalistas em Los Angeles, nos Estados Unidos. As primeiras reações estão exaltando a performance de Timothée Chalamet como Bob Dylan. As expectativas sugerem uma indicação do ator ao Oscar.

Num geral, a produção foi bastante elogiada pela ousadia de Chalamet ao representar o cantor americano com “determinação”, “maneirismo” e “momentos hipnóticos”. Os críticos também aprovaram as atuações de Monica Barbaro no papel da cantora Joan Baez e de Edward Norton, que interpreta o cantor Pete Seeger de forma “perfeitamente fiel”.

Primeiras reações

O crítico de cinema Scott Menzel, do site We Live Entertainment, afirmou que Chalamet entregou a “Performance do Ano” no filme biográfico. “Um verdadeiro tour-de-force onde Chalamet nunca é visto. A performance não é apenas sobre a voz e a aparência, mas sim sobre todas as pequenas nuances e maneirismos que ele perfeitamente traz à vida em sua representação de Bob Dylan. Grandes performances de apoio também de Monica Barbaro como Joan Baez e Edward Norton como Pete Seeger”, escreveu ele no X (antigo Twitter).

Já Clayton Davis, da revista Variety, avaliou que o Chalamet é bastante destemido e focado em sua atuação: “Timothée Chalamet se transforma em Bob Dylan com uma determinação fácil, porém focada, em ‘Um Completo Desconhecido’. Destemido em alguns momentos hipnóticos. Para mim, são Monica Barbaro e Elle Fanning que ancoram a história de um homem ilusório e misterioso que permanece nessa esfera. James Mangold comanda com confiança, com cenários e figurinos deslumbrantes. Muito respeito a um dos melhores a fazê-lo.”

“Não sou fã de música folk”, ponderou o crítico Gregory Ellwood, do site The Playlist, que não deixou de elogiar o longa-metragem pelo fato de não ser fã do gênero musical de Dylan. “‘Um Completo Desconhecido’ é excelente e surpreendentemente emocionante. Timothée está fantástico. Monica Barbaro está incrível. Precisamos de um filme derivado de Joan Baez.”

Por outro lado, David Poland, do canal “DP/30”, considerou que a produção não trouxe informações tão profundas sobre Bob Dylan, exigindo que ele assista novamente para entender toda a história que foi apresentada pelo cineasta. “Consegue nos contar tudo sobre Bob Dylan, enquanto quase nada nos conta sobre Bob Dylan. Alguns diriam que esse era o objetivo. O filme é, em última análise, sobre o poder do indivíduo e do talento, e como o que todos queremos pode mudar radicalmente, repetidamente. Chalamet traz um enorme poder a este retrato de um homem que simplesmente continua a partir, mas também continua a surpreender. A performance de Edward Norton é perfeitamente fiel a Seeger. Monica Barbaro entrega uma Baez de muitas facetas, do fogo ao gelo. E Elle Fanning está destinada a ser subestimada em uma performance complexa como ‘a primeira namorada de Nova York’. Eu realmente preciso vê-lo novamente para entender completamente tudo o que está lá e tudo o que não está lá por design”, comentou.

Sobre o filme

“Um Completo Desconhecido” se concentra no começo dos anos 1960, quando um jovem Bob Dylan de apenas 19 anos chega a Nova York com um violão e poucos dólares no bolso para se torna uma sensação mundial. Introduzido na cena folk pelo cantor Pete Seeger, vivido por Edward Norton (“O Incrível Hulk”), ele recebe o apoio de Jonny Cash (Boyd Holbrook, de “Logan”) para a transição que revoluciona sua carreira, passando a fazer rock com guitarras elétricas.

A prévia do filme mostra a reação irritada dos líderes do movimento folk e a ira causada pela performance de “Like a Rolling Stone”, seu hino elétrico, no Festival de Newport. Há também uma cena que deveria representar uma performance da turnê britânica, onde Dylan mandou a banda tocar a música ainda mais alto contra os protestos dos puristas de violão, mas o contexto parece ter sido mesclado com o show de Newport.

A obra escrita por Jay Cocks (“Gangues de Nova York”) e dirigida por James Mangold (de “Logan”) é batizada com parte da letra de “Like a Rolling Stone”, música-chave da transição. Além da trajetória musical, a biografia ainda explora os relacionamentos de Dylan com a cantora Joan Baez, interpretada por Monica Barbaro (“Top Gun: Maverick”), e Sylvie Russo, estudante universitária que teve o nome real alterado e que é interpretada por Elle Fanning (“Malévola”).

Outros personagens históricos que fazem parte da produção incluem Woody Guthrie (Scoot McNairy, de “Narcos: México”), grande inspiração inicial de Dylan, e Al Kooper (Charlie Tahan, de “Ozark”), seu primeiro guitarrista. O próprio Bob Dylan é creditado como um dos produtores.

A estreia está marcada para 25 de dezembro nos Estados Unidos e apenas em 27 de fevereiro no Brasil.