Alec Baldwin diz que ataque de atores a Woody Allen é “injusto e triste”

Alec Baldwin foi às redes sociais defender Woody Allen, após a decisão de Timothee Chalamet e Rebecca Hall de renegarem publicamente o diretor e doar os salários que receberam por participar de […]

Divulgação/Sony Pictures Classics

Alec Baldwin foi às redes sociais defender Woody Allen, após a decisão de Timothee Chalamet e Rebecca Hall de renegarem publicamente o diretor e doar os salários que receberam por participar de seu próximo filme, “A Rainy Day in New York”, para instituições que combatem o assédio sexual. Baldwin, que trabalhou em três filmes de Allen, disse que considera o ataque público ao diretor “injusto e triste”.

Ele também critica o ressurgimento das denúncias de abuso sexual contra Woody Allen, feitas por sua filha Dylan Farrow. “Acusar pessoas de tais crimes deve ser algo feito com cuidado”, ele escreveu.

“Woody Allen foi investigado por dois estados e nenhuma acusação foi formalizada. A renúncia a ele e ao seu trabalho, sem dúvida, serve a algum propósito. Mas é injusto e triste pra mim. Eu trabalhei com ele três vezes e foi um dos privilégios da minha carreira”, escreveu Baldwin.

As decisões de Chalamet e Hall ocorreram após a denúncia de Farrow ser retomada pelo movimento #MeToo e a iniciativa Time’s Up. Em 2014, Farrow escreveu uma carta aberta ao New York Times, detalhando o suposto abuso sofrido em 1992, quando tinha sete anos de idade. Ela voltou a contar a história em dezembro passado, após o estouro dos escândalos sexuais que sacodem Hollywood, num artigo publicado pelo Los Angeles Times.

Allen nega ter atacado sexualmente sua filha e a história divide os próprios irmãos de Dylan. Enquanto Ronan Farrow defende a irmã e cobra publicamente atrizes que trabalham com Woody Allen, Moses Farrow veio a público dizer que se alguém era abusivo era sua mãe, a atriz Mia Farrow, que tinha coagido os filhos a mentirem e acusarem Woody Allen durante as audiências de guarda das crianças no processo de separação. Mia se separou de Woody Allen após ele se envolver, de forma escandalosa, com sua enteada Soon-Yi Previn, que a atriz tinha adotado quando era casada com André Previn.

Em seu argumento, Baldwin afirma que as denúncias de abuso sexual nunca devem ser descartadas, mas que também devem ser “tratadas com cuidado”. “É possível apoiar sobreviventes de pedofilia e agressões/abusos sexuais e também acreditar que Woody Allen seja inocente? Eu acho que sim”, ele escreveu. “A intenção disto não é descartar ou ignorar tais denúncias. Mas acusar pessoas de tais crimes deve ser algo feito com cuidado. Em nome das vítimas, também”.

No ano passado, Baldwin deixou de usar sua conta pessoal do Twitter depois de receber críticas por suas opiniões sobre o movimento #Metoo. Depois disso, o ator expressou sua tristeza pelas vítimas, admitindo que seu “objetivo é me tornar melhor em todas as coisas relacionadas à igualdade de gênero”.