Documentário sobre povo indígena quase extinto no Brasil é premiado no Festival de Amsterdã

Melhor Documentário do Festival do Rio 2017, o longa brasileiro “Piripkura” conquistou o prêmio de direitos humanos no Festival Internacional de Documentários de Amsterdã (IDFA), entregue nesta segunda-feira (21/11), e ainda concorre […]

Melhor Documentário do Festival do Rio 2017, o longa brasileiro “Piripkura” conquistou o prêmio de direitos humanos no Festival Internacional de Documentários de Amsterdã (IDFA), entregue nesta segunda-feira (21/11), e ainda concorre a outros prêmios do festival holandês, que anunciará seus vencedores na quarta.

O filme de Mariana Oliva, Renata Terra e Bruno Jorge acompanha a trajetória de Jair Candor, um funcionário da FUNAI (Fundação Nacional do Índio), e de dois índios nômades do povo Piripkura, conhecidos como o “povo borboleta”. Praticamente extintos, os Piripkura sobrevivem cercados por fazendas e madeireiros numa área ainda protegida no meio da floresta amazônica. Candor os conhece desde 1989, e realiza expedições periódicas, muitas delas acompanhado por Rita, a terceira sobrevivente Piripkura, monitorando vestígios que comprovem a presença deles na floresta, a fim de impedir a invasão da área.

A produção é importante diante da atual situação política do Brasil. “O agronegócio está mais forte do que nunca. O governo impôs cortes significativos à administração da FUNAI. Uma das consequências dessa atitude foi o aumento de invasores nas terras indígenas”, explicou a produtora Mariana Oliva em entrevista à revista americana Variety.

Apesar de premiado, o filme ainda não tem previsão de lançamento no Brasil.