De Rainha Elizabeth a hacker punk bissexual: Claire Foy será Lisbeth Salander em A Garota na Teia de Aranha

Difícil imaginar Claire Foy, que interpreta a Rainha Elizabeth na série “The Crown” (e antes foi Anna Bolena em “Wolf Hall” e a aristocrata Lady Persephone Towyn em “Upstairs Downstairs”), como uma […]

Divulgação/BBC

Difícil imaginar Claire Foy, que interpreta a Rainha Elizabeth na série “The Crown” (e antes foi Anna Bolena em “Wolf Hall” e a aristocrata Lady Persephone Towyn em “Upstairs Downstairs”), como uma hacker punk bissexual de 23 anos. Mas é exatamente isso que a Sony Pictures espera que o público veja em “A Garota na Teia de Aranha”. O estúdio oficializou a contratação da atriz para o papel de Lisbeth Salander, que já foi interpretado por Noomi Rapace e Rooney Mara em outros filmes da franquia literária “Millennium” (veja as duas à caráter logo abaixo).

A direção está a cargo do cineasta uruguaio Fede Alvarez (“O Homem nas Trevas”), que também deve mexer no roteiro escrito por Steven Knight (“Aliados”) e Jay Basu (“Monstros 2: Continente Sombrio”).

“Eu não poderia estar mais empolgado sobre Claire tomar as rédeas da icônica Lisbeth Salander. Claire é incrível, um talento raro que vai injetar uma nova e empolgante vida em Lisbeth. Mal posso esperar para levar essa história para um público mundial, com Claire Foy no centro”, afirmou o diretor em comunicado, citando o nome da atriz três vezes em três frases.

A adaptação seguirá uma trajetória confusa, já que, anteriormente, a Sony filmou o primeiro dos três livros escritos pelo sueco Stieg Larsson, “Millennium – Os Homens Que Não Amavam As Mulheres”, dirigido por David Fincher em 2011. Fincher queria fazer uma continuação e estruturou o filme de modo que tivesse uma sequência. Mas o estúdio protelou, protelou e agora decidiu filmar… o quarto dos três livros. Ou melhor, o livro publicado após a morte de Larsson e o fecho da trilogia, escrito por David Lagercrantz com os mesmos personagens.

A trilogia original chegou a ser inteiramente filmada na Suécia, lançando ao estrelato mundial seus intérpretes, os suecos Michael Nyqvist e Noomi Rapace. A Sony correu para lançar sua versão, mas, apesar de elogiada pela crítica e indicada a cinco Oscars, o remake americano teve fraco desempenho internacional, porque obviamente todos já conheciam a história. “A Garota na Teia de Aranha” é o único dos livros da franquia que não foi filmado.

A opção da Sony resulta num produto bizarro, já que, ao mudar todo o elenco, a produção perdeu as características de uma continuação tradicional. Mas também não será um típico reboot, pois deverá levar em conta as relações dos protagonistas, introduzidas no filme de Fincher, que não teve resolução.

Fincher chegou a sugerir condensar os dois livros seguintes num único filme, mas a Sony decidiu ir direto para o quarto volume, com outro diretor e elenco. Não se sabe como o estúdio irá lidar com a transição das histórias, mas a opção por contar uma trama que ainda permanece inédita nos cinemas parece mesmo resultado de uma reflexão sobre o crescente desinteresse internacional nos remakes americanos.

A adaptação de “A Garota na Teia de Aranha” será produzida por Amy Pascal (ex-CEO da Sony) e a equipe original de “Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres”, encabeçada por Scott Rudin. A estreia foi marcada para outubro de 2018.