Sylvester Stallone se diz lisonjeado, mas recusa assumir a política cultural do governo Trump

Cotado a ocupar a chefia de agência que promove as artes nos EUA, equivalente ao Ministério da Cultura no Brasil, o ator Sylvester Stallone se disse lisonjeado pela lembrança, mas recusou o […]

Cotado a ocupar a chefia de agência que promove as artes nos EUA, equivalente ao Ministério da Cultura no Brasil, o ator Sylvester Stallone se disse lisonjeado pela lembrança, mas recusou o convite. Ele diz preferir trabalhar no apoio aos militares do país

O ator foi sondado pelo presidente eleito Donald Trump para assumir o National Endowment for the Arts (NEA), a agência com o maior orçamento para cultura do pais, além de pautar a política cultural do governo federal, por meio inclusive da seleção da Medalha Nacional das Artes, em que o presidente homenageia artistas que se destacaram ao longo de suas carreiras.

“Eu estou bastante lisonjeado por ter sido cotado para trabalhar pela National Endowment for the Arts. Contudo, acredito que eu seria mais útil chamando a atenção para os veteranos (soldados que lutaram na guerra) em um esforço para empregá-los e encontrar moradia e assistência financeira que esses heróis respeitosamente merecem”, disse o ator, por meio de um comunicado.

Caso o ator aceitasse o posto, ele seria o segundo artista de Hollywood a ocupar um cargo na instituição em 20 anos. A atriz Jane Alexander liderou a instituição entre 1993 e 1997.

O orçamento anual da NEA é de um blockbuster: cerca de US$ 150 milhões para investir em arte e cultura, entre bolsas e realização de projetos. Mas a pauta cultural nem sempre é bem aceita pelo Congresso, o que já rendeu diversas polêmicas. Em 1989, ao financiar artistas plásticos controversos como Andres Serrano e Robert Mapplethorpe, a NEA enfrentou um pesado lobby conservador, levando o Congresso a tentar censurar suas decisões (falhou) e diminuir seu orçamento (conseguiu, cortando pela metade).