É Tudo Verdade exibe o vencedor do Festival de Berlim e 22 estreias mundiais

O festival É Tudo Verdade abre ao público sua 21ª edição com a exibição de 85 títulos, dentre os quais 22 são estreias mundiais. Os filmes serão exibidos até o dia 17 […]

Fuocoammare (Fire at Sea)

O festival É Tudo Verdade abre ao público sua 21ª edição com a exibição de 85 títulos, dentre os quais 22 são estreias mundiais. Os filmes serão exibidos até o dia 17 de abril em São Paulo e no Rio de Janeiro, com entrada gratuita.

O primeiro documentário a vencer o Festival de Berlim, “Fogo no Mar” (“Fuocoammare”, no original), de Gianfranco Rosi, inaugurou o festival em São Paulo, abordando o impacto da onda de refugiados sobre o cotidiano da pequena ilha mediterrânea de Lampedusa. O cineasta italiano já havia vencido o Festival em Veneza em 2013 com outro documentário, “Sacro GRA”.

Já a abertura carioca do É Tudo Verdade marca a estreia mundial de “As Incríveis Artimanhas da Nuvem Cigana”, de Paola Ribeiro e Cláudio Lobato. O longa resgata o movimento de “poesia marginal” do coletivo de poetas Nuvem Cigada, da Zona Sul do Rio nos anos 1970, em plena ditadura militar. Por meio de livros mimeografados e encontros híbridos, entre “happenings” e saraus, batizados de “Artimanhas”, uma nova geração lançou-se na literatura nacional: Bernardo Vilhena, Chacal, Charles, Ronaldo Santos, além do próprio diretor Cláudio Lobato, entre outros.

Após as sessões de abertura para convidados, os dois filmes começam agora a ser exibidos para o público dentro da programação do festival, que fará ainda uma retrospectiva da obra do diretor Carlos Nader. Haverá também uma mostra especial com documentários sobre Olimpíadas e sessões dedicadas aos cineastas Chantal Akerman, Ruy Guerra, Claude Lanzmann e Haskell Wexler.

Em nota, o fundador e diretor do festival, Amir Labaki, afirmou ser “um privilégio apresentarmos uma safra tão excepcional, tanto da produção brasileira, quanto internacional, com a marca muito expressiva de 22 estreias mundiais”. “Foi um processo de seleção particularmente difícil, devido à alta qualidade e ao recorde de inscrições, superando 1,7 mil títulos dos cinco continentes”, completou.

Confira, abaixo, a lista dos filmes selecionados para o festival.

FESTIVAL É TUDO VERDADE 2016

Competição brasileira: longas ou médias-metragens
“Cacaso na corda bamba”, de José Joaquim Salles e Ph Souza
Cícero Dias, o compadre de Picasso”, de Vladimir Carvalho
“Galeria F”, de Emília Silveira
“Imagens do Estado Novo 1937-45”, de Eduardo Escorel
“Jonas e o circo sem lona”, de Paula Gomes
“Manter a linha da cordilheira sem o desmaio da planície”, de Walter Carvalho
“O futebol”, de Sergio Oksman

Competição internacional: longas ou médias-metragens
“327 cadernos”, de Andrés Di Tella (Argentina/Chile)
“Anos claros, de Frédéric Guillaume (Bélgica)
“Catástrofe”, de Alina Rudnitskaya (Rússia)
“Chicago boys”, de Carola Fuentes e Rafael Valdeavellano (Chile)
“Gigante”, de Zhao Liang (França)
“Kate interpreta Christine”, de Robert Greene (EUA)
“No limbo”, de Antoine Viviani (França)
“Nuts!”, de Penny Lane (EUA)
“Paciente”, de Jorge Caballero Ramos (Colômbia)
“Sob o sol”, de Vitaly Mansky (Rússia/Letônia/Alemanha/República Checa/Coreia do Norte)
“Tudo começou pelo fim”, de Luis Ospina (Colômbia)
“Um caso de família”, de Tom Fassaert (Holanda/Bélgica/Dinamarca)

Competição brasileira: curtas-metragens
“A culpa é da foto”, de Eraldo Peres, André Dusek e Joédson Alves
“Abissal”, de Arthur Leite
“Aqueles anos em dezembro”, de Felipe Arrojo Poroger
“Buscando Helena”, de Roberto Berliner e Ana Amélia Macedo
“Fora de quadro”, de Txai Ferraz
“O oco da fala”, de Miriam Chnaiderman
“Praça de guerra”, de Edi Junior
“Sem título # 3 : E para que poetas em tempo de pobreza?”, de Carlos Adriano
“Vida como rizoma”, de Lisi Kieling

Competição internacional: curtas metragens
“A visita”, de Pippo Delbono (França)
“Caracóis”, de Grzegorz Szczepaniak (Polônia)
“Carmen”, de Mariano Samengo (Argentina)
“Cosmopolitanismo”, de Erik Gandini (Suécia)
“Eu tenho uma arma”, de Ahmad Shawar (Palestina)
“Fatima”, de Nina Khada (Alemanha)
“Munique 72 e além”, de Stephen Crisman (EUA)
“O atirador de elite de Kobani”, de Reber Dosky (Holanda)

Programas especiais
“Cidadão rebelde”, de Pamela Yates (EUA)
“Claude Lanzmann: Espectros do Shoah”, de Adam Benzine (Canadá/Reino Unido/EUA)
“Não pertenço a lugar algum – O cinema de Chantal Akerman”, de Marianne Lambert (Bélgica)
“O homem que matou John Wayne”, de Diogo Oliveira e Bruno Laet (Brasil)

O estado das coisas
“Atentados: As faces do terror”, de Stéphane Bentura (França)
“Danado de bom”, de Deby Brennand (Brasil)
“Faraóis do Egito Moderno (Mubarak/Nasser/Sadat)”, de Jihan El Tahri (França)
“Lampião da esquina”, de Lívia Perez (Brasil)
“O deserto do deserto”, de Samir Abujamra e Tito Gonzalez Garcia (Brasil)
“Overgames”, de Lutz Dammbeck (Alemanha)
“Vida ativa – O espírito de Hannah Arendt, de Ada Ushpiz (Israel/Canadá)

Foco latino-americano
“Allende meu avô Allende”, de Marcia Tambutti Allende (Chile/México)
“Favio, a estética da ternura”, de Luis Rodríguez e Andrés Rodríguez (Venezuela)
“Gabo: A criação de Gabriel García Márquez”, de Justin Webster (Espanha/Colômbia)
“Toponímia”, de Jonathan Perel (Argentina)

Retrospectiva brasileira – Carlos Nader
“A paixão de JL”
“Carlos Nader”
“Chelpa Ferro”
“Concepção”
“Eduardo Coutinho, 7 de outubro”
“Homem comum”
“O beijoqueiro: Portrait of a serial kisser”
“O fim da viagem”
“Pan-cinema permanente”
“Preto e branco”
“Tela”
“Trovoada”

Mostra especial: Cinema Olympia
“Anéis do mundo”, de Sergey Miroshnichenko (Rússia)
“Espírito em movimento”, de Sofia Geveyler,Yulia Byvsheva e Sofia Kucher (Rússia)
“Olympia 52”, de Chris Marker (Finlândia/França)
“Os campeões de Hitler”, de Jean-Christophe Rosé (França)
“Um novo olhar sobre Olympia 52”, de Julien Faraut (França)
É tudo verdade no Itaú Cultural
“Mataram meu irmão”, de Cristiano Burlan (Brasil)
“O longo amanhecer – Cinebiografia de Celso Furtado”, de José Mariani (Brasil)
“Rocha que voa”, de Eryk Rocha (Brasil)

É tudo verdade no Circuito de Cinema: Cine Olido – Documentários olímpicos brasileiros
“As incríveis histórias de um navio fantasma”, de André Bomfim
“Bete do peso”, de Kiko Mollica
“João do voo – A história de uma medalha roubada”, de Sergio Miranda e Pedro Simão
“Maria Lenk, a essência do espírito olímpico”, de Iberê Carvalho
“Meninas”, de Carla Gallo
“México 1968 – A última Olimpíada livre”, de Ugo Giorgetti
“Ouro, suor e lágrimas”, de Helena Sroulevich
“Se essa vila não fosse minha”, de Felipe Pena
“Reinado Conrad – A origem do iatismo vencedor”, de Murilo Salles

É tudo verdade no Circuito SPCine de cinema: CEUS Butantã, Jaçaná, Meninos e Quinta do Sol
“Cidade cinza”, de Marcelo Mesquita e Guilherme Valiengo (Brasil)
“Premê – Quase lindo”, de Alexandre Sorriso e Danilo Moraes (Brasil)